As comportas do sistema de proteção contra cheias de Porto Alegre voltaram a ser abertas nesta quarta-feira (3). Os portões estavam fechados desde o último dia 24 de junho, por causa da elevação do nível do Guaíba, que estava represado pelo vento sul.
As comportas reabertas são a 4 (Av. Sepúlveda), 6 (acesso ao Catamarã). A passagem 11 (em frente à avenida São Pedro), foi reaberta no dia 1º de julho, conforme o DMAE (Departamento Municipal de Águas e Esgotos).
Os portões 1 e 2, localizados no Cais Embarcadero ficaram abertos. Os acessos de número 5 (em frente ao prédio da SPH e próximo da estação Mercado/Trensurb), 7 (em frente à rua Coronel Vicente), 8 (em frente ao terreno que ficava a SSP), 9 e 10 (Cais do Porto) e 13 (acesso ferroviário da antiga RFFSA ao porto) estão permanentemente fechadas.
Três comportas permanecem fechas com sacos de ráfia cheios de areia e cimento, de acordo com o DMAE. São a de número 3 (avenida Mauá x rua Padre Tomé), 12 (na via que liga a Voluntários da Pátria à rua João Moreira Maciel e Castello Branco) e 14 (acesso ao DC Navegantes).
De acordo com a medição feita na Usina do Gasômetro, o Guaíba está com 3,04 metros. A cota de alerta é de 3,15 metros. A de inundação 3,60 metros nesse ponto da orla.
Fecha e abre e volta a fechar
O sistema de comportas de Porto Alegre teve seu primeiro acionamento no dia 2 de maio. Isso ocorreu um dia antes do Guaíba passar dos 4 metros, mas não impediu a inundação do Centro, do 4º Distrito e da zona norte. No pico, a enchente chegou aos 5,35 metros na madrugada do dia 5 de maio, conforme medição da régua da Usina do Gasômetro.
No entanto, algumas comportas tiveram reabertura parcial duas semanas depois, para expulsar a água que ficou presa dentro da cidade. Depois, no fim de maio, quando Porto Alegre teve chuvas torrenciais, o sistema teve que ser, novamente, fechado. Depois, quando o Guaíba baixou, reaberto novamente.
No dia 24 de junho, houve nova determinação para fechamento das comportas.
Por causa das falhas apresentadas na maior enchente enfrentada desde a construção do sistema de proteção, nos anos 1970, o DMAE anunciou que pretende fechar definitivamente 8 das 14 comportas. De acordo com o órgão, a estimativa é de que o fechamento definitivo se dê até 2025.
