Cotidiano

Porto Alegre ganha Frente Parlamentar de Tecnologia e Inovação

Acaba de ser lançada a Frente Parlamentar de Tecnologia e Inovação, iniciativa encabeçada por diversas instituições do setor e parlamentares apoiadores, com o objetivo de inserir, de forma efetiva, o debate e ações em torno do setor de Economia Digital gaúcho.

O lançamento ocorreu na sexta-feira (15) na Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre e contou com a presença de entes da administração municipal, vereadores, o vice-prefeito Gustavo Paim, o secretário da Fazenda de Porto alegre, Leonardo Busatto,  o presidente da Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa), Paulo Miranda, compondo a mesa junto a gestores de entidades representativas das três principais frentes do mercado de TI: fornecedores, usuários e formadores de mão-de-obra.

Com a Frente, o objetivo das entidades, universidades e parlamentares envolvidos é organizar projetos, movimentar ações, elevar a participação do setor junto ao Executivo, criar pressões que determinem mudanças, desburocratizar e facilitar o acesso a mecanismos de fomento ao empreendedorismo e à inovação na cidade, com vistas a fazer de Porto Alegre uma referência em Tecnologia.

No lançamento, o vereador Valter Nagelstein salientou que a Frente auxiliará o Legislativo e a iniciativa privada a pressionar o Executivo municipal para a diminuição dos entraves ao empreendedorismo e para a facilitação da inovação em Porto Alegre.

“Temos indústria criativa, temos muitas empresas locais desenvolvendo o que há de mais moderno na tecnologia mundial. Temos que, de forma sinérgica, trabalhar junto com o Executivo e com as entidades, academia e empresas, que são quem faz acontecer, para transformar Porto Alegre no que queremos: a capital da alta tecnologia no país”, destacou Nagelstein na abertura da mesa.

O presidente do SEPRORGS – entidade patronal das empresas de informática do RS – e do Conselho das Entidades de Tecnologia da Informação do RS (CETI), Diogo Rossato, destacou que a TI é precursora da transformação nas cidades, um objetivo perseguido por diversos entes do poder público e da iniciativa privada porto-alegrense.

“Este trabalho que está se iniciando agora não tem qualquer expectativa de reconhecer algum protagonismo individual, seja pessoal ou de alguma entidade específica. O objetivo aqui, muito claro, é aproximarmos todos que de alguma forma possam contribuir com o desenvolvimento de uma Cidade e uma Sociedade alinhada com a tecnologia e a inovação”, ressaltou o dirigente.

Dentre as ações, Rossato salientou algumas pautas a serem trabalhadas já nos primeiros trabalhos da Frente, como a Regulamentação da Lei de Inovação de Porto Alegre (Lei Complementar nº 721, de 29 de novembro de 2013), o fomento e inovação em startups, a reformulação do 4ª Distrito, projeto de revitalização de uma área de 594 hectares que abrange os bairros Floresta, São Geraldo, Navegantes, Humaitá e Farrapos com o objetivo de dosar o uso do solo urbano para atração de investimentos privados em infraestrutura e de empreendimentos na áreas de tecnologia, saúde, conhecimento e indústria criativa, gerando emprego e renda; e o mapeamento da malha de fibra óptica de Porto Alegre.

“Somos tidos como a cidade com maior extensão de fibra ótica no país, mas não temos conhecimento de onde esta rede está localizada”, comentou Rossato.

Outras ações levantadas pelo dirigente foram o uso da Tecnologia e aplicação da inovação nos serviços da cidade, posicionando Porto Alegre como uma verdadeira Smart City; a inclusão obrigatória da disciplina de Computação e Empreendedorismo na grade de ensino fundamental e a sugestão, avaliação e apoio à promoção de eventos temáticos na cidade, em especial na Semana da Ciência e Tecnologia que ocorre em todo país no mês de outubro.

“Existe uma Lei de 2015 que estabelece esta semana também em Porto Alegre. Note-se que será daqui a poucos dias e não há nenhuma ação que possa promover a nossa cidade nacionalmente. Então, como queremos ser reconhecidos como a Capital Nacional da Tecnologia? Da Inovação? Uma cidade inteligente?”, questionou o gestor.

O discurso de Rossato foi apoiado pelos demais componentes da mesa, como o vereador Felipe Camozzato, que destacou como essenciais ações voltadas ao reforço do ensino e formação de mão-de-obra especializada, bem como de incentivos para o posicionamento e competitividade de empresas do setor. “Tive a oportunidade de estudar nos EUA e Bélgica, locais onde a tecnologia recebe estímulos palpáveis e mostra-se um item fundamental para o desenvolvimento dos países. Isto é fundamental também aqui”, complementou Camozzato.

Para início dos trabalhos da Frente Parlamentar, Rossato pontuou o agendamento de 5 reuniões nos próximos três meses, que terão datas definidas em função da disponibilidade dos parlamentares e gestores envolvidos.