Em todo o País, começa na próxima segunda-feira (23), a campanha de vacinação contra influenza. O período para imunização dos grupos prioritários prosseguirá até 1º de junho. Dia 12 de maio, sábado, será o Dia de Mobilização Nacional. Porto Alegre receberá 595 mil doses da vacina.
As primeiras 80 mil doses já foram recebidas pelo núcleo de imunizações da Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela logística e abastecimento das salas de vacina municipais e instituições parceiras na campanha.
Ainda nesta semana outras 140 mil doses devem ser entregues pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) à SMS, totalizando 37% do quantitativo total destinado à Capital.
As vacinas oferecidas pela rede pública são produzidas pelo Instituto Butantã e pelo laboratório Sanofi/Pasteur, da França. Segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde, para a temporada 2018 no hemisfério Sul, cada dose contém cepas de vírus inativados, correspondente aos antígenos H1N1, H3N2 e B.
Meta
A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) é vacinar 90% de cada grupo prioritário: pessoas com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto (puérperas), gestantes, crianças de seis meses a menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores da saúde e população indígena. Também são considerados prioritários – mas não compõem a meta – professores da rede pública e privada, pessoas entre 5 e 59 anos com doenças crônicas não transmissíveis, conforme lista emitida pelo MS, adolescentes de 12 a 21 anos cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.
A proteção da vacina é de aproximadamente um ano, por isso ela é feita anualmente. A produção também é anual por causa da circulação viral.
Para produção das vacinas que serão aplicadas no hemisfério sul, são analisados os vírus circulantes na temporada anterior no hemisfério norte.
Informação oficial sobre o H2N3
Recentemente um áudio que circulou no whatsapp fazia menção aos problemas que o vírus H2N3 poderia causar no Brasil, em função do número de óbitos ocorridos nos Estados Unidos em 2017.
O Ministério da Saúde brasileiro já emitiu informação oficial para tranquilizar a população: não existe uma cepa H2N3 de vírus da influenza no Brasil. Essa é uma informação inverídica que está circulando nas mídias sociais.
Os vírus de influenza que atualmente circulam no Brasil são o influenza A/H1N1pdm09, A/H3N2 e influenza B. A vacina contra gripe, cuja campanha inicia-se na segunda quinzena de abril, protege contra estes tipos de três vírus.
O Informe Técnico Operacional da Campanha Influenza 2018 da SMS, distribuído a profissionais de saúde, destaca que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em até 50% doenças relacionadas à influenza.
A vacina contra influenza pode ser aplicada junto a outras vacinas ou medicamentos e as contraindicações são para pessoas alérgicas a ovo de galinha e seus derivados e àquelas que tenham histórico de reação anafilática a doses anteriores da vacina.
Eventos adversos da imunização costumam ser leves, com tendência a desaparecimento após 48 horas (eritema, aumento da sensibilidade, edema ou dor no local da aplicação, febre menor do que 39ºC, mal estar e mialgia).
Casos
Até a o final da SE (Semana Epidemiológica) 14 (de 31/12/2017 a 07/04/2018) foram investigados pela EVDT 160 casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) sendo que destes 101 são moradores de Porto Alegre. Dos casos notificados de moradores de Porto Alegre, três foram classificados como SRAG por Influenza para o subtipo H3N2 e um para Influenza B, sem registro de óbitos.
Medidas de prevenção:
– Lavar as mãos frequentemente, com água e sabonete ou use álcool gel;
– Manter os ambientes arejados;
– Dar preferência para uma alimentação saudável;
– Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável, jogando-o no lixo imediatamente;
– Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos pessoais;
– Em caso de infecção respiratória, não frequentar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, para evitar o contágio;
– Não usar medicamentos sem orientação médica. A automedicação pode ser prejudicial à saúde.