Começaram nesta quarta-feira os trabalhos para a implantação da ciclovia da avenida Érico Veríssimo, com a demarcação do traçado da via. Para os ciclistas, o local da implantação, o canteiro central, é controverso.
Ao todo, a via terá 500 metros de extensão, interligando as ciclovias já existentes da rua José do Patrocínio e avenida Ipiranga. A pista, projetada pela EPTC e que atenderá “ao mesmo padrão das já existentes”, será construída no canteiro e terá mão-dupla.
A nova ciclovia não será pintada de vermelho, devido ao alto custo, alega a EPTC. Para a realização da obra, não será extraída nenhuma árvore da avenida, segundo a empresa. A expectativa da autarquia é de que a ciclovia esteja concluída em 60 dias.
Ciclorrota
Com a conclusão da ciclovia da Erico Verissimo, os ciclistas da Capital terão uma ciclorrota de 18,5 quilômetros de vias exclusivas para quem utiliza bicicleta, interligando os bairros Bom Fim (rua Vasco da Gama, Barros Cassal e João Telles), Centro Histórico (via Redenção e acessando a avenida Loureiro da Silva), Cidade Baixa (rua José do Patrocínio), Azenha (avenida Ipiranga), orla do Guaíba (avenida Edvaldo Pereira Paiva; ciclovia em fase de conclusão) até o Cristal (av. Diário de Notícias, Chuí e Icaraí), segundo dados da EPTC.
Em todos os pontos citados, é possível utilizar as bicicletas compartilhadas nas estações do BikePoa. Atualmente, Porto Alegre conta 18 ciclovias e mais de 25 quilômetros de vias exclusivas aos ciclistas, entretanto algumas delas já necessitam de reparo.
“Mais do mesmo”
No entanto, para o vereador Marcelo Sgarbossa (PT), membro do Coletivo Cidade Mais Humana, a nova ciclovia feita no canteiro da Érico Veríssimo é “mais do mesmo”. Para ele, a opinião dos ciclistas não é importante, pois a Prefeitura da Capital ainda prioriza o carro.
Sgarbossa aponta que não há incentivo para os ciclistas, como há para o carro. “Segue a lógica de sempre: vão fazer no canteiro pra não retirar o espaço dos automóveis. A EPTC ficou refém das contrapartidas de grandes empreendimentos”, diz, lamentando que a obra só saia de uma compensação de grandes empreendimentos.
Cotidiano