Polícia tem suspeitos de arrastão e incêndio de ônibus em Porto Alegre

A Polícia Civil já tem suspeitos de serem os responsáveis pelo arrastão e incêndio de um ônibus da Carris que fazia linha T3. O crime ocorreu na última quarta-feira à tarde (4), do lado do Postão da Vila Cruzeiro, durante uma manifestação por causa dos alagamentos ocorridos na noite de terça-feira (3), na avenida Moab Caldas, na zona Sul de Porto Alegre.

Para o delegado Alencar Carraro, o crime pode ter sido retaliação a uma ação da Brigada Militar. Pouco antes do incêndio, a Tropa de Choque da BM entrou em confronto com manifestantes para liberar vias no entorno do PACS (Pronto-Atendimento Cruzeiro do Sul) que estavam bloqueadas devido ao protesto. Para a Polícia Civil, traficantes podem ter se aproveitado do momento de tensão para cometer o crime. Disfarçados entre moradores da região que lutavam por ajuda, os bandidos – que são ao menos quatro, incluindo um adolescente – podem ter prejudicado ainda mais a população, que ficou sem ônibus.

O local onde ocorreu o arrastão e o incêndio do ônibus não é um ponto comum de assaltos, fato que reforça as teses já desenvolvidas pela Polícia Civil. O caso continuará sendo investigado. Câmeras de videomonitoramento usadas pela EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) e pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) estão sendo analisadas e podem ajudar a identificar quem são os responsáveis. Entretanto, as imagens das câmeras do carro 0566 da Carris não poderão ser analisadas, pois o cartão de memória onde elas ficavam armazenadas foi destruído pelo incêndio.

A Polícia Civil e a Brigada Militar recebem informações sobre suspeitos pelos fone 191 e 190, respectivamente.