O recém-criado Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiroda Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu hoje (4), na primeira fase da Operação Nickel, seis mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa que atuava na contravenção do jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níquel.
Além de cumprir os mandados expedidos pela Justiça, foram bloqueadas contas-correntes e aplicações financeiras de todos os investigados e das empresas analisadas e decretados o sequestro e a indisponibilidade de sete imóveis avaliados em cerca de R$ 7 milhões. Um dos que tiveram as contas bloqueadas foi o ex-policial civil Rogério Augusto Marques de Brito, o Rogerinho, apontado na investigação como o líder da quadrilha.
A diretora do Departamento de Combate à Corrupção, delegada Patricia Alemany, informou que as investigações, que começaram há cerca de três meses, revelaram que a quadrilha praticava usava empresas de fachada e pessoas físicas para ocultar o dinheiro proveniente da contravenção.
Na operação, coordenada pelos delegados Thiago Neves e André Timoni, foram analisaradas mais de 5 milhões de contas dos integrantes da organização com base em um relatório do Ministério Público estadual que apresentavam movimentação financeira suspeita.
Conforme o levantamento feito pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, em apenas uma das empresas de fachada investigadas, houve movimentação de aproximadamente R$ 2,5 milhões, no período de oito meses.