Polícia Federal inicia nova fase da Operação Lava Jato

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (5), a nona fase da Operação Lava Jato. A ação começou durante a madrugada em quatro estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Ao todo, devem ser cumpridos 62 mandados: um de prisão preventiva, três temporárias, 18 de conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para a delegacia para prestar depoimento, e 40 de busca e apreensão.
O mandado de prisão preventiva será cumprido na capital do Rio de Janeiro. Já as prisões temporárias serão cumpridas em Itajaí e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. As demais cidades envolvidas na operação são Salvador, capital da Bahia, e Piçarras, Navegantes, Penha e Palmitos, também em Santa Catarina, e na capital de São Paulo.
A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período. Já a prisão preventiva não tem prazo pré-definido, ou seja, pode se estender por um período indeterminado durante o processo. A última fase (a oitava) foi realizada no dia 14 de janeiro com o cumprimento do mandado de prisão do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Segundo a PF, esta fase da ação é fruto da análise de documentos e contratos apreendidos anteriormente pela PF. Também contribuíram para esta nova etapa as informações oriundas da colaboração de um dos investigados, além da denúncia apresentada por uma ex-funcionária de uma das empresas investigadas. Os investigados, ainda segundo a PF,  poderão responder pelos crimes de fraude e licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A Lava Jato foi deflagrada em 17 de março de 2014 pela PF e identificou um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio. A Petrobras está no centro das investigações da operação, que apontou dirigentes da estatal envolvidos no pagamento de propina a políticos e executivos de empresas que firmaram contratos com a petroleira.
Entre os réus no processo estão o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, e o doleiro Alberto Youssef, que está preso na PF em Curitiba e é acusado de liderar o esquema de lavagem de dinheiro e avasão de divisas.