A Polícia Federal fez na tarde deste domingo (6) uma operação contra uma organização que fraudava processo seletivos para o ensino superior em Montes Claros, interior de Minas Gerais. Outra operação cumpriu mandados nas regiões Norte e Nordeste.
O grupo tentava fraudar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), vendendo vagas especialmente para o curso de medicina. A polícia afirma que identificou repasse de gabaritos via celular para candidatos em diversas partes do país.
De acordo com a PF, a operação “Embuste” cumpriu simultaneamente 28 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Montes Claros – são 15 de busca e apreensão, cinco de sequestro de bens, quatro prisões temporárias e quatro conduções coercitivas.
Os supostos envolvidos nessa organização criminosa já teriam fraudado ao menos dois processos seletivos em 2016: um vestibular em Mineiros (GO), nos dias 15 e 16 de outubro, e um vestibular de medicina em Vitória da Conquista (BA), nos dias 22 e 23 de outubro.
Segundo a Polícia Federal, os presos poderão responder pelos crimes contra a fé pública, o patrimônio e a paz pública. As penas podem ultrapassar os 20 anos.
Jogo limpo
Ainda neste domingo a PF deflagrou a operação “Jogo Limpo”, que cumpre 22 mandados de busca e apreensão nos Estados de Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará. A operação também tem ligação com fraudes no Enem.
A partir de gabaritos apresentados em anos anteriores, a PF e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) identificaram 22 pessoas que teriam apresentado respostas suspeitas de fraude e que fariam a prova novamente em 2016.