Policiais federais e civis do Distrito Federal estão cumprindo, hoje (31), sete mandados de busca e apreensão em endereços ligados a supostos integrantes de um grupo que reivindicou, na internet, a produção e o abandono de um artefato explosivo em uma igreja do Distrito Federal, no último dia 24. O artefato foi desativado pela polícia no dia.
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos no Distrito Federal, em Goiás e em São Paulo. Como as investigações correm em segredo de justiça, a PF e a Polícia Civil do Distrito Federal não divulgaram detalhes da operação em curso. A PF informou apenas que os suspeitos são investigados por associação criminosa.
Por meio de uma página na internet, o suposto grupo divulgou ameaças ao presidente eleito Jair Bolsonaro, que toma posse amanhã (º1), em Brasília. No texto em que reivindica ter construído a bomba deixada no Santuário Menino Jesus, em Brazlândia, os responsáveis pela página afirmam ser “uma ameaça real” que começou a operar em 2011, a partir do México, expandindo-se posteriormente pelo mundo e chegando ao Brasil em 2016 – quando, afirmam os responsáveis pela página, explodiram uma bomba de fragmentos no centro de Brasília.
Também no site, foram divulgadas fotos e um vídeo do que parece ser a produção do artefato explosivo, que foi detonado por policiais militares na igreja de Brazlândia no último dia 24.
Segurança
A posse terá um esquema de segurança reforçado, o maior para uma cerimônia presidencial. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro sofreu um ataque a faca, um dos motivos para a segurança reforçada. Desde sábado (29), carros e outros veículos não podem circular na Esplanada dos Ministérios, onde ocorrerá a cerimônia. Quem quiser assistir à posse terá que descer a Esplanada a pé. Não serão permitidos o acesso com bicicletas, skates e patins, por exemplo.
Outros itens proibidos para levar para posse: guarda-chuva, objetos cortantes, máscaras, carrinhos de bebês, fogos de artifício, bebidas alcóolicas, garrafas, sprays, bolsas e mochilas.
Quatro linhas de revistas serão montadas a partir da Rodoviária do Plano Piloto, com fiscalização manual da Polícia Militar. Detectores de metais também serão usados ao longo do percurso. A população só poderá passar pelas barreiras com frutas e pacotes de biscoitos, preferencialmente em sacola transparente.
A navegação no Lago Paranoá também será limitada, assim como há um esquema especial para defesa aérea e o controle de tráfego aéreo na capital federal.
A previsão é que 250 mil até 500 mil acompanhem a posse na Esplanada. Mais de 2,6 mil policiais militares trabalharão na região, junto com agentes do Exército, Polícia Federal, Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e Detran.