Polícia Civil é afetada pelo corte de gastos de Sartori

O corte de gastos realizado pelo governador José Ivo Sartori afetam diretamente a investigação e a solução de crimes no Estado. Segundo o presidente do Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do Rio Grande do Sul), Isaac Delivan Lopes Ortiz, o decreto causa uma preocupação muito grande para a categoria.
Em entrevista à Rádio Guaíba, ele afirmou que o corte pode impedir novas ações policiais. “Haverá um corte nas horas extras, houve um corte nas diárias, e isso representa paralisar todas as operações que a Polícia Civil vinha fazendo com dezenas de prisões. Nós estamos preocupados que a prestação de serviço que vai decair e muito em qualidade”, afirmou Ortiz.

Hoje, a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa aprovou a realização de uma audiência pública para tratar do déficit de servidores, convocação dos últimos aprovados nos concursos e ainda debater os reflexos dos cortes de despesas na Brigada Militar e na Polícia Civil.

Aprovados ainda não devem ser chamados
A reunião desta quinta-feira da Comissão de Segurança contou com representantes dos últimos aprovados nos concursos da Civil e da Brigada. Enquanto no primeiro caso restam 650 para serem nomeados, no caso da Brigada são cerca de 2,5 mil, entre bombeiros e policiais militares.

Estes últimos, com apoio da Abamf (entidade que representa os servidores de nível médio da BM), prometem iniciar um acampamento em frente ao Palácio Piratini ainda em março se não houver sinalização positiva por parte do Executivo.

Os aprovados da BM alertam que, se não forem chamados até junho, os exames médicos necessários para a seleção vencem. Isto obrigaria os candidatos a gastarem novamente ao menos R$ 2 mil.