Cotidiano

Polícia apreende objetos usados no golpe do "book fotográfico" em Porto Alegre

São alvo seis empresas suspeitas de aplicarem o golpe popularmente conhecido como “book fotográfico” ou “golpe do brinde”.

A Polícia Civil deflagrou a Operação 15×21, com o objetivo de combater o crime de estelionato praticado contra idosas em Porto Alegre. São alvo seis empresas suspeitas de aplicarem o golpe popularmente conhecido como “do book fotográfico” ou “golpe do brinde”.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão no Centro Histórico. Durante as ações, foram apreendidos computadores, câmeras fotográficas, álbuns de fotografias, livros de contabilidade, materiais de estúdio, documentos, e diversos outros objetos.

O golpe consistia em abordar mulheres idosas em via pública com a oferta de brindes. Elas eram posteriormente conduzidas a salas comerciais, onde eram maquiadas e fotografadas. No entanto, para deixarem o local, são coagidas a pagar valores exorbitantes por serviços de fotografia que não contrataram.

Conforme a delegada Larissa Fajardo, para enganarem as vítimas, os suspeitos utilizam o subterfúgio do brinde, e conversa amigável para atrair as vítimas aos estúdios fotográficos. Conforme ela, na etapa da cobrança a abordagem, contudo, se torna mais ríspida.

“Na maioria das vezes, um homem efetua a cobrança, exigindo que a vítima mostre qualquer cartão que tenha consigo. Os valores debitados dos cartões sempre são maiores àqueles negociados com as vítimas. Em alguns casos houve, inclusive, pagamento em espécie, além dos montantes descontados dos cartões”, explicou a delegada.

Vítimas desconhecidas

As primeiras ocorrências registradas demonstram que o golpe teve início em maio de 2017 e que persistem até hoje. Até o momento, 33 vítimas foram identificadas pela Polícia Civil. O prejuízo financeiro estimado é de aproximadamente 50 mil reais.

Nos estúdios revistados hoje foram encontradas fotos de vítimas que realizaram queixa à polícia e de outras mulheres, desconhecidas da investigação. A Polícia Civil pede que quem foi vítima do golpe busque a Delegacia de Polícia de Proteção ao Idoso de Porto Alegre, responsável pela investigação.

Os nomes das empresas suspeitas não foram divulgados pela polícia, que busca identificar os estelionatários.

Ainda segundo a delegada Larissa, os estelionatários tinham ações para dificultar a identificação dos envolvidos. Conforme ela, os estúdios fotográficos mudavam constantemente de endereço e de identidade visual. Muitos redecoravam o espaço físico, ou ainda, mudavam a forma da grafia dos nomes fantasia em seus cartões de contato.