Cotidiano

Piratini critica decisão do CPERS de entregar pedido de impeachment de Sartori

O governo afirmou que o encaminhamento da peça jurídica "faz parte de sua conhecida radicalização política" ao se posicionar sobre o pedido do CPERS.

O Palácio Piratini criticou a decisão do CPERS/Sindicato de entregar na Assembleia um pedido de impeachment do governador José Ivo Sartori (PMDB). O governo afirmou que o encaminhamento da peça jurídica “faz parte de sua conhecida radicalização política”.

“Além de ser inconsistente, não ajuda o Estado a superar a crise financeira e a melhorar a qualidade do ensino. A Assembleia Legislativa saberá dar o devido encaminhamento à questão”, conclui a nota.

Na sexta-feira, após ser aprovado por unanimidade pelos docentes vinculados e pelo Conselho-Geral da entidade, o CPERS marcou para esta segunda (24) a entrega do pedido de impeachment do político. A peça jurídica pede que ele seja impedido por crime de responsabilidade, ao descumprir ordem judicial em favor dos servidores estaduais quanto ao parcelamento de salários.

Liminar descumprida

A decisão judicial, de agosto de 2015, proíbe o governador de parcelar os salários de todos os professores e funcionários de escola. No dia 05 de setembro de 2016, o TJ/RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) julgou o mérito e confirmou a liminar já deferida, proibindo os atrasos e os parcelamentos dos salários da categoria.

Apenas em 2016, foram realizados oito parcelamentos de salários para os servidores estaduais. Em agosto, a primeira parcela paga foi de apenas R$ 650.