A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou nesta manhã (3), a Operação Harpia. O objetivo é desarticular um esquema que teria sido montado por uma rede de doleiros para lavagem de dinheiro no Brasil, no Uruguai e no Paraguai. Até às 10h da manhã, dez pessoas haviam sido presas.
Os crimes investigados são operação de instituição financeira sem autorização, evasão de divisas, lavagem de capitais e organização criminosa. Conforme a Polícia Federal, as investigações começaram em 2018.
Cerca de 80 policiais federais e oito servidores da Receita Federal cumprem 16 mandados de busca e apreensão. Os mandados de busca são cumpridos em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Santana do Livramento, e em Ariquemes (RO). A Justiça Federal decretou 11 mandados de prisão.
A apuração da PF e da Receita apontou a conexão de uma rede de doleiros. Os negociadores de dólares atuavam em Porto Alegre, Santana do Livramento, Rivera (Uruguai) e Ciudad del Este (Paraguai).
A investigação identificou que esse grupo mantinha parceria cambial conhecida como “dólar-cabo”. Pelas investigações, o sistema era usado prática da lavagem de dinheiro de diversas atividades criminosas no Brasil e no Exterior. Para disfarçar a origem ilícita, os doleiros usavam madeireiras da Região Norte do país.
A partir das informações coletadas com o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal e a Receita Federal buscam identificar a origem e o volume de recursos ilícitos transacionados. A suspeita é que eles tiveram movimentação financeira de mais de um bilhão de reais entre os anos de 2015 e 2019.