Cotidiano

PF investiga irregularidades em regime de dedicação exclusiva da UFRGS

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta manhã de terça-feira (19) a Operação
Herófilo, que investiga professores do magistério superior em regime de
Dedicação Exclusiva com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
mas que exercem atividade privada em clínicas e consultórios. A prática é
vedada pela legislação e configura crime de estelionato.

Cerca de 60 policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão em
Porto Alegre e Novo Hamburgo. As ordens judiciais têm por objetivo a
arrecadação de documentos que comprovem a prática irregular e corroborem
com as informações coletadas ao longo da investigação.

O inquérito policial foi instaurado em 2015 e contou com colaboração da CGU.
Em um dos casos analisados, um professor recebeu, entre os anos de 2010 e
2016, cerca de um milhão de reais da UFRGS, sendo que, desse valor,
aproximadamente 500 mil reais correspondem ao adicional por Dedicação
Exclusiva.

Segundo a PF, o nome da operação foi escolhido por Herófilo (Herophilos) ter sido o primeiro anatomista da história, fundador da Escola de Medicina de Alexandria.