PF investiga esquema de fraude na obtenção de aposentadorias militares

Conforme a Polícia Federal, a fraude consistia na apresentação de atestados médicos falsos, com indicação de doenças psiquiátricas e outros artifícios.

A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Judiciária Militar, Ministério Público Militar e Advocacia-Geral da União deflagram na manhã de hoje (21), a Operação Reformados. O procedimento visa combater um esquema criminoso que obtinha de forma irregular licenças e reformas, como são chamadas as aposentadorias de militares.

Policiais federais e militares do Exército Brasileiro cumpriram um mandado de prisão preventiva, três mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para a prestar depoimento e dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Canoas e Novo Hamburgo.

Conforme a Polícia Federal, a fraude consistia na apresentação de atestados médicos falsos, com indicação de doenças psiquiátricas e outros artifícios. O objetivo da fraude era manter militares temporários vinculados ao Exército para supostos tratamentos de saúde e, posteriormente, para obtenção da aposentadoria.

Segundo a investigação, um escritório de advocacia de Canoas promovia o suporte para a criação de ações judiciais baseadas em relatos falsos de doenças. Durante as investigações, diligências flagraram pessoas com diagnósticos incapacitantes para a vida militar, por problemas físicos ou psíquicos, em uma rotina normal de vida.

Houve flagrante, inclusive, de militares reformados em ocupações remuneradas, confirmando a fraude na obtenção das decisões judiciais por licença médica ou reforma militar.

Os crimes investigados são estelionato e falsidade ideológica, consistentes na encenação perante juntas médicas militares, propositura de ações com atestados médicos ideologicamente falsos, entre outros possíveis. As investigações seguem para apurar o prejuízo causado e o número exato de pessoas envolvidas nas fraudes.