Segundo a investigação, os vazamentos ocorreram entre 2010 e 2012. O fundo de investimento do BTG Pactual recebia informações sigilosas sobre alterações na taxa de juros Selic e, com isso, conseguia obter lucros extraordinários, na casa de dezenas de milhões de reais. A PF e o Ministério Público investigam os crimes de prática de corrupção passiva, corrupção ativa, informação privilegiada, lavagem de dinheiro e ocultação de ativos.
Um mandado de busca e apreensão na sede do banco, em São Paulo, está sendo cumprido hoje. Segundo a PF, o objetivo é buscar novas evidências sobre a investigação, que corre sob segredo de Justiça.
Em nota, o BTG Pontual diz que o fundo do banco, chamado Fundo Bintang FIM, tinha um único cotista pessoa física, “profissional do mercado financeiro que também era o gestor credenciado junto à CVM [Comissão de Valores Mobiliários], que nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vínculo profissional com o banco ou qualquer de seus sócios”. O banco “exerceu apenas o papel de administrador do referido fundo, não tenho qualquer poder de gestão ou participação no mesmo”, acrescenta o texo divulgado pela instituição.
A reportagem também procurou o Banco Central, mas, até este momento, não obteve retorno.