A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (10) a Operação Bravata, que tem por objetivo combater os crimes de racismo, ameaça e incitação ao crime, praticados via internet. Mandados estão sendo cumpridos em Santa Maria, na região Central do Estado, dentro da ação.
Cerca de 60 policiais federais participam da ofensiva contra o crime e cumprem um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão. Além da cidade gaúcha, há ações nas cidades de Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE) e Vila Velha (ES).
O indivíduo preso será conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) onde permanecerá à disposição da Justiça. Ainda não há detalhes das ações realizadas em Santa Maria.
A investigação teve início com base em fatos que ocorreram após a deflagração da Operação Intolerância, em 2012. Conforme a Polícia Federal, outros indivíduos, aparentemente associados àqueles que haviam sido presos na operação, continuaram a praticar crimes por meio dos mesmos sites e fóruns na internet. Os integrantes do grupo teriam, inclusive, criado novos ambientes virtuais para a prática desses delitos.
Os investigados vão responder pelos crimes de associação criminosa, ameaça, racismo e incitação ao crime. A acusação parte nos indícios que os acusados incentivam a prática de diversos crimes, como o estupro e o assassinato de mulheres e negros nos sites e fóruns mantidos na internet.
Conforme a PF, há evidências de que os investigados também foram responsáveis por ameaças de bomba encaminhadas a diversas universidades do país. A soma das penas dos crimes investigados pode chegar a 39 anos de prisão.
A Operação foi nomeada “Bravata” em alusão ao que a palavra quer dizer: intimidação, ação ou dito de quem faz ameaças de maneira insolente, fanfarrice, comportamento de quem ostenta suas próprias qualidades, ação da pessoa presunçosa, arrogante, modo de agir de quem faz alarde de uma coragem que não possui.