Na comparação com o ano anterior, o aumento foi de 2 pontos percentuais, de 80% para 82%. Já o uso de computador foi informado por 91% das unidades básicas de saúde (UBSs) pesquisadas. No ano anterior, eram 90%. Em números absolutos, de 40.880 estabelecimentos deste tipo, ainda há 7.218 sem acesso à internet e 3.581 sem computador.
Quando considerados todos os tipos de estabelecimentos de saúde, o grau de conectividade sobe para 92%, embora com diferenças. O índice foi de 99% para locais privados e 85% para os públicos. No recorte por região, o acesso à internet foi encontrado em 80% no Norte e em 98% no Sul.
A investigação também mediu a qualidade da conexão. Das UBSs consultadas, 27% tinham velocidade máxima de download entre 1mpbs e 10mpbs (contra 35% em 2018); 13% relataram entre 10mpbs e 100mpbs (no ano anterior eram 10%); e 8% tinham taxa de até 1mbps (enquanto em 2018 eram 11%).
O uso de sistemas eletrônicos para armazenar os dados de pacientes, o chamado prontuário eletrônico, ocorria integral, ou parcialmente, em 74% dos postos de saúde conectados. As principais informações coletadas e guardadas nesses sistemas eram dados cadastrais (87%), vacinas ministradas (80%), motivação do atendimento (78%), diagnóstico e problema de saúde (76%), histórico ou anotações clínicas (71%), sinais vitais (70%).
Na distribuição regional, a prática de registro eletrônico varia. No Sul, era empregada por 80% dos estabelecimentos, índice que caía para 83% no Sudeste, 78% no Centro-Oeste, 77% no Nordeste e 74% no Norte.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Luciana Portilho, houve aumento de 2018 para 2019 no número de UBSs usando prontuário eletrônico, com a prática sendo adotada por 78% destes estabelecimentos.
“Em tempos de pandemia, isso também é uma melhora no sistema. Além da agilidade no atendimento, no momento em que precisa haver um monitoramento maior para a saúde da população, esses sistemas eletrônicos favorecem a agilidade do acompanhamento e permitem mapear melhor os casos”, disse Luciana.
Entre as UBSs analisadas, os principais serviços ofertados pela internet foram agendamento de consultas (23%), acesso a resultados de exames (22%), marcação de exames (20%), visualização de prontuário (12%) e interação com equipe médica (7%).
Quando observados os serviços de telesaúde, os mais comuns eram educação a distância sobre o tema (39%), teleconsultoria (35%), pesquisa a distância (30%), telediagnóstico (25%) e segunda opinião (20%).
Segurança
Sobre a segurança das informações, 31% dos estabelecimentos relataram ter alguma política para proteger os dados de invasões e acessos indevidos. Enquanto, no setor privado, o índice foi de 44%, no público, ficou em 16%. As estratégias de segurança são mais frequentes em grandes unidades de atendimento e hospitais (56%) do que nos menores (21%).
As principais medidas de segurança relatadas foram antivírus (98% no setor privado e 83% no público), senha para acesso ao sistema (82% e 72%), firewall (59% e 44%), senha para acesso aos arquivos (54% e 41%) e arquivos e e-mails criptografados (50% e 30%).