O governo federal autorizou um reajuste de 94,11% na tarifa da Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.). A passagem passa de R$ 1,70 para R$ 3,30 a partir de sábado (3). O último reajuste havia ocorrido há dez anos e havia sido de apenas R$ 0,20, passando de R$ 1,50 para o até então atual valor.
O reajuste foi autorizado pelos ministérios das Cidades e do Planejamento. A Trensurb diz que o Governo Federal, destinou metade dos recursos de custeio que seriam necessários. O corte seria motivado por medida de contenção do déficit público.
A Trensurb também aponta que os custos cresceram por causa da expansão da linha até Novo Hamburgo, acréscimo nas despesas com operação e manutenção. “Os gastos com a energia elétrica de tração dos trens aumentaram mais de 100% de 2007 a 2017”, justifica a empresa em nota.
O discurso da estatal é que “todos os esforços para realizar cortes de despesas” foram feitos. “A Trensurb chegou ao seu limite”, conclui o texto. Com o reajuste, a empresa se comprometeu, nas entrelinhas, a “oferecer o melhor serviço possível aos usuários do metrô”.
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Custo pesa no bolso do trabalhador
Mesmo a Trensurb sendo o serviço de transporte público urbano mais barato, mesmo com o reajuste, o usuário precisa de serviço de integração para chegar ao trem. Quem depende do ônibus e não tem cartão TEU!, Tri ou Sim vai pagar muito mais caro.
Vejamos o exemplo de uma pessoa que pega um ônibus de Integração em um bairro de Canoas e vai até a estação mais próxima. Custo da passagem do coletivo da Vicasa é de R$ 3,95. O trem custa R$ 3,30. Já são aí R$ 7,25. Se precisar pegar um ônibus em Porto Alegre, são mais R$ 4,05 e o custo de ida fica em R$ 11,30. Para voltar pelo mesmo trajeto, são 22,60.
Já quem usa o cartão TEU!, Tri ou Sim acaba tendo desconto, apesar que a Trensurb ainda não tenha divulgado a tabela das integrações. No exemplo acima, o mesmo usuário pagaria em torno dos R$ 10 para percorrer o mesmo trajeto.
