A impressão era de uma prova não muito difícil entre os candidatos que participaram do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no campus da Universidade Paulista, na Avenida Vergueiro, na região central paulistana. “Não estava difícil, não”, garantiu Luana Cunha, de 20 anos que fez o Enem pela segunda vez neste ano. Apesar de achar que as questões de hoje estavam mais fáceis do que do primeiro dia de provas, na semana passada, Luana disse que precisou redobrar os esforços para tentar resolver os problemas de física. “Não tenho muita facilidade”, justificou a respeito da relação com a disciplina.
A jovem também lamentou poder estudar apenas duas horas por dia para se preparar para o exame. “Deveria me dedicar mais”, destacou a cuidadora de pessoas com deficiência que pretende cursar fisioterapia. Mesmo com as barreiras, Luana saiu confiante da prova. “Da última vez [ que fiz a prova] vim para conhecer. Dessa vez, vim para garantir [a vaga na universidade]”, afirmou.
Vinicius Cazeta de 17 anos tinha a impressão contrária. “Vou precisar de mais um ano”, previa sobre o resultado. Mesmo assim, não achou a prova muito complicada. “Não estava muito difícil, mas também não estava tão fácil”, ponderou. Para o próximo exame, pretende se dedicar a aprender o conteúdo de matemática. “Matemática é o foco”, enfatizou sobre a disciplina que considera “chata demais”. Mais preparado, espera conseguir uma vaga para estudar design de games ou desenvolvimento mobile.
Mesmo tendo chegado só até o segundo ano do ensino médio, Gabriel dos Santos, de 16 anos, também não considerou a prova de hoje como dura demais. “Estava mais difícil do que no primeiro dia, mas não estava impossível”, opinou o rapaz que pretende atuar na área de tecnologia. Enquanto não termina o ensino básico, Gabriel vai se preparando aos poucos. “Fiz hoje só para ter noção, ter resistência. Cansa bastante, vai passando o tempo, vai batendo um sono”, contou sobre a experiência na resolução das questões.
Química, a prova mais díficil
“Nunca chutei tanto”, disse Maria Luisa Barros Gonçalves à Agência Brasil ao sair da prova do Enem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) neste domingo (10). “Só consegui fazer biologia”, respondeu, quando indagada sobre qual matéria considerou mais difícil. “Química, física, matemática, eu não consegui nem com regra de três”. Maria Luisa pretende cursar biologia, mas admitiu que um novo Enem “talvez” fique para o próximo ano. “Vamos ver no que vai dar”.
Isaac Abraão, por outro lado, já é formado em pedagogia, leciona em um instituto privado e está tentando ingressar de novo na universidade para fazer tecnologia da informação (TI), porque é uma área que “tem muita vaga e pouca gente especializada para trabalhar”.
Isaac Abrão achou as provas de hoje mais complexas que as do último domingo (3). “Como não sou da área de exatas, fiquei meio balançado”, manifestou. Mas admitiu que algumas questões não estavam difíceis. Outras um pouco mais, e mais localizadas nas áreas de física e química. “Matemática eu acho que deu para acertar bastantes questões”.
Camilla Santos da Silva quer fazer enfermagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela está concluindo o ensino médio este ano. Para Camilla, a prova mais difícil foi a de química. Ela apontou a elaboração das perguntas como principal entrave a ser corrigido nas próximas provas do Enem. “Foi muito complicada”, disse.
Realizando este ano seu primeiro Enem, Diego Brizzi analisou que foi bem cansativo para os candidatos. “Mas saí com a sensação de missão cumprida”, afirmou o estudante. Para ele, as provas mais difíceis foram química e matemática. Apesar de tudo, disse estar confiante. “Acho que dá para passar”. Diego Brizzi quer fazer desenho industrial na Universidade Estácio de Sá.