Cotidiano

Padrasto é preso suspeito de matar enteado de três anos em Porto Alegre

Davi Daniel Rosa Rospidi da Silva, que completaria 4 anos nesta terça, chegou a ser socorrido ao Hospital Presidente Vargas, mas morreu por volta das 13h.

O padrasto de um menino de três anos foi preso, na manhã deste domingo (15), suspeito de agredir, estrangular e causar a morte da criança. Davi Daniel Rosa Rospidi da Silva, que completaria 4 anos na última terça-feira (17), chegou a ser socorrido ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, mas morreu por volta das 13h daquele dia.

Conforme relato de Paulo Roberto dos Santos Pereira, de 29 anos, à Polícia Civil, o homem preso saiu de casa pedindo por socorro aos vizinhos do bairro Humaitá, zona Norte da Capital, com o enteado desacordado nos braços. O suspeito conseguiu levar o menino, com a ajuda de um dos vizinhos, até o Presidente Vargas, onde ocorreu o atendimento.

Os médicos perceberam sinais de estrangulamento e de traumatismo craniano. O suspeito saiu do hospital e foi avisar a mãe do menino, que trabalha em um shopping. Quando eles voltaram, foram informados da morte por parada respiratória de Davi.

A Polícia Civil foi chamada e prendeu Pereira, que tinha um relacionamento com a mãe da vítima há apenas três meses. O homem foi detido ainda dentro do hospital, por suspeita de homicídio qualificado. Ele foi levado à 2ª DPPA (Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento) e foi encaminhado ao Presídio Central de Porto Alegre.

Análise preliminar indica espancamento e esganadura

O caso está sendo investigado pela Delegacia e o corpo do menino vai passar por necropsia para identificar o que causou a parada respiratória e o traumatismo craniano. A análise inicial também apontou hematomas por todo o corpo, marcas de esganadura e que o menino teve hemorragia interna, causada por pancadas no abdômen.

Pereira possui antecedentes criminais por tentativa de homicídio contra um homem, namorado da ex-mulher. Ele estava desempregado e vivia de bicos domo motoboy. Em depoimento à Polícia Civil, o padrasto negou que tenha agredido a criança e disse que Davi dormia no quarto e, ao ser acordado, estava tendo uma convulsão.

Familiares da criança estão chocados e dizem que não havia sinais de desentendimento entre Davi e o padrasto. A mãe do menino será chamada para depor nesta semana.