Retrocesso é a palavra que marca a quarta-feira, 15 de junho de 2016. Retrocesso de um governo que não dialoga. Retrocesso de professores que lutam por direitos da maneira errada. Retrocesso de estudantes que deixam-se manipular por politicagem e panfletagem.
Retrocesso de manifestantes que acham que a depredação irá levar a alguma coisa. Retrocesso de uma polícia que tem que usar “protocolos” arcaicos para desocupar um prédio público. Retrocesso de policiais que usurpam da situação para cometer excessos.
Retrocesso de jornalistas pelegos que criam uma campanha contra a polícia, mas aplaudem quando ela defende apenas a elite e maltrata quem é da classe pobre, a que mais precisa de segurança. Retrocesso também desses mesmos “jornalistas”, que falam em “crise na segurança”, só quando a violência sai da vila dos pobres e chega ao Moinhos de Vento. Retrocesso do delegado que não arbitra a prisão de um bandido flagrado pela TV e com 40, 80 ou 100 boletins de ocorrência, mas joga no Central quem é suspeito de filmar vandalismo.
Retrocesso do Legislativo – em todas as instâncias – que goza de benefícios tais, que faltam nas escolas. Retrocesso do juiz que, ao invés de mandar prender bandido de verdade, critica a polícia que prende. Retrocesso de todos que pensam apenas nos reajustes dos seus supersalários, enquanto o pobre e o necessitado padecem sem saúde, segurança e educação.
Aonde vamos parar assim?
Cotidiano
OPINIÃO: Em um dia, retrocedemos muitas décadas
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