FISCALIZAÇÃO

Operação vistoria residencial terapêutico em Porto Alegre

A dona do estabelecimento em Porto Alegre foi identificada.

Imagem da operação em Porto Alegre. Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil, com apoio da Vigilância Sanitária e Ministério Público, deflagrou a terceira fase da Operação Home Care nesta quarta-feira (13) em Porto Alegre.

“Foram vistoriadas as condições de higiene, saúde e atendimento a pacientes portadores de distúrbios psíquicos, deficiência mental e dependência química, acolhidos em um residencial localizado na zona sul de Porto Alegre”, informou a Polícia Civil.

Na operação, os agentes constataram que o local comportava um número maior de pacientes do que deveria, conforme já apontado em reiteradas notificações dos técnicos da Vigilância Sanitária.

“Entre os pacientes, alguns estavam em condições precárias e inadequadas, como pacientes que utilizam fraldas e que necessitam de cuidados básicos de enfermagem, sem haver profissional da área da saúde responsável”, disse a Polícia Civil.

O residencial terapêutico funcionava, ainda, sem documentação adequada e com funcionários trabalhando sem carteira assinada.

“Os técnicos da Vigilância Sanitária já haviam autuado o residencial há cerca de 90 dias, com prazo para regularização. No entanto, foi verificado pelos policiais e membros do Ministério Público que as condições do local continuavam precárias”, completou a Polícia Civil.

A investigada

A dona do estabelecimento foi identificada, que não teve o nome divulgado, mas não compareceu ao local para prestar esclarecimentos.

“A investigada já foi denunciada anteriormente por maus-tratos a pessoas com deficiência, justamente por mantê-los em residenciais terapêuticos irregulares, além de apropriar-se dos benefícios financeiros dos acolhidos”, afirmou a Polícia Civil.

“Verificou-se, ao longo da investigação, que os estabelecimentos privados da suspeita são interditados pela Vigilância Sanitária, porém, em pouco tempo, ela abre outro residencial em novo endereço, com as mesmas condições precárias e sem profissionais da área da saúde responsáveis”, finalizou.