INTOCÁVEIS-ULTIMATO

Operação contra lavagem de dinheiro e organização criminosa tem mandados no RS, SC e PR

Os alvos movimentaram, por meio de contas de passagem, em diversos Estados, mais de 123 milhões de reais, no período investigado

Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil do RS deflagrou, na manhã desta quarta-feira (13), uma operação para combater os crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa de um grupo que praticava assalto a bancos, tráfico e agiotagem. Foram cumpridos mandados no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Segundo as investigações, os alvos movimentaram, por meio de contas de passagem, em diversos Estados, mais de 123 milhões de reais, no período investigado entre janeiro de 2018 até agosto de 2022.

As apurações começaram a partir da repressão de um crime de assalto a uma agência bancária cometido na Avenida do Forte, em Porto Alegre, em março de 2022. Na ocasião, polícia conseguiu deter todos os envolvidos, que já cumprem pena por este e outros crimes associados.

Nesta quarta-feira, aproximadamente 215 agentes cumprem ordens judiciais. Os mandados de busca e apreensão domiciliar são cumpridos nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, São Leopoldo, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Encantado, Barão do Cotegipe, Erechim, Chuí, Camboriú/SC, Curitiba/PR e Foz do Iguaçu/PR.

Ao todo, foram 42 mandados de busca e apreensão domiciliar, 59 bloqueios de contas bancárias que variam entre 200 mil e 40 milhões de reais, 59 sequestros de criptoativos (busca de ativos em exchanges), 12 sequestros de veículos, seis sequestros de imóveis e 63 sequestros de aeronaves e embarcações.

A ofensiva visa a dar cumprimento a centenas de medidas cautelares de natureza probatória e assecuratória, decorrentes de investigação criminal sobre lavagem de capital, tendo como autores, em tese, membros de organização criminosa, atuantes em roubos a estabelecimentos bancários, tráfico de drogas, comércio de armas de fogo e usura, com atuação interestadual.

Nesta fase da operação Intocáveis, chamada “Ultimato”, ao longo desses mais de 1 ano e meio, 62 pessoas foram listadas como investigadas, dentre elas, pessoas físicas e jurídicas. A ação ocorre por meio da 1ªDR/Deic (1ª Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais), que teve apoio das polícias civis de Santa Catarina e do Paraná, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Marinha do Brasil.