Parte da frota de coletivos da cidade do Rio de Janeiro está circulando desde o início da manhã desta sexta-feira (27), depois de as empresas do setor terem ameaçado paralisar os serviços. Com o isolamento social adotado na cidade, a movimentação de passageiros caiu e o Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) cobrou ontem (26) ajuda da prefeitura, para pagamento dos motoristas.
Na tarde de quinta-feira, o sindicato patronal e o prefetio do Rio, Marcelo Crivella, se reuniram e a prefeitura “se comprometeu a buscar em caráter de urgência, em Brasília, recursos para manter a operação do sistema de transporte público por ônibus funcionando na cidade”.
De acordo com a prefeitura, a frota que atende a cidade tem 5,5 mil coletivos, mas atualmente roda com 2 mil, devido a queda de passageiros. Hoje, a Rio Ônibus deve divulgar um balanço atualizado dos números de veículos que circulam na capital fluminense.
Reunião
Crivella tem hoje uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e pretende ter uma resposta ao pedido feito ao governo federal para a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores mais atingidos financeiramente pela crise do novo coronavírus. Além dos motoristas de ônibus, taxistas, ambulantes e artistas de rua cadastrados na prefeitura se beneficiariam com a medida. Conforme o prefeito, seriam 50 mil pessoas que fazem shows nas ruas da cidade.
Comércio
Hoje também voltaram a abrir as mercearias, lojas de conveniências nos postos de combustível (sem consumo no local), lojas de material de construção; açougues, aviários e peixarias; depósitos, distribuidoras e transportadoras, vedada a comercialização de bebidas alcoólicas em condições de consumo imediato; comércio de insumos agrícolas e de medicamentos veterinários, alimentos e produtos de uso animal; e comércio de gás liquefeito de petróleo (GLP).
A prefeitura orientou que “os estabelecimentos devem observar as restrições de ocupação máxima de 30% da capacidade física do local e de espaçamento mínimo de um metro e meio entre as pessoas”.
Ainda conforme a prefeitura. “Todos os profissionais listados executam tarefas consideradas essenciais para a população que está em afastamento social, devido ao coronavírus”.