O Beira-Rio explodiu e o Inter está nas semifinais da Libertadores da América

O Gigante da Beira-Rio explodiu com Rafael Moura aos 42 minutos do segundo tempo

O Gigante da Beira-Rio explodiu com Rafael Moura aos 42 minutos do segundo tempo. Ele mesmo. Com atuação gigante de Juan e D’Alessandro, o Internacional venceu o Indepediente Santa Fé, da Colômbia, pelo placar de 2 a 0 e classificou-se às semifinais da Copa Libertadores da América. O futebol foi maravilhoso novamente.
Nos arredores do Beira-Rio, um mar vermelho se refugiava na noite levemente fria de outono. Em sua maioria, vindo do trabalho, onde, provavelmente, passaram uma tarde repleta de angústia e ansiedade. Era o amor. Esse amor, que esquentava o coração colorado nas horas que se arrastavam durante a tarde.
Ao apontar o ônibus colorado, o mar vermelho se tornou num mar de lavas. Ruas de fogo receberam o plantel de Aguirre. Começava ali a busca do Internacional à classificação da Libertadores. A tarde foi dramática, mas a noite prometia muito mais. Na escalação, a primeira surpresa. Valdívia, destaque da equipe na temporada, ficaria no banco. Lisandro López sairia entre os titulares. Tudo pronto.
Primeiro tempo agitado. O Inter arrancou em alta velocidade. Explosivo. E, como todo o explosivo, uma hora ia inflamar. Logo aos dois minutos do primeiro tempo, D’Alessandro cobrou escanteio Sasha cabeceou na marca do pênalti e Juan completou para as redes. Aí, o Beira-RIo explodiu. No entanto, nem toda a explosão é positiva.
Aos 13 minutos, o incêndio pegou Sasha, que saiu com dores no tornozelo. A surpresa do banco de reservas, Valdívia, entrou no seu lugar. Inter manteve a pressão e soube conter o adversário até os 20 minutos. Daí em diante, o fogo se alastrou pelo Beira-Rio.
Indepediente Santa Fé adiantou a marcação e o colorado teve de recuar, assim como em Bogotá. Juan foi gigante nos primeiros 45 minutos. No entanto, a bola não chegou ao ataque. Em dois erros seguidos, quase que o time colombiano marcou o gol de empate. A cada disputa de bola, via-se uma faísca saindo do embate dos jogadores. Mas, nada além disso aconteceu no resto da primeira etapa.
O Inter voltou fumegante para o segundo tempo. Pressionou como pôde. Apertou até o final. Chuveirinho durante toda a segunda etapa. Parar Valdívia e Nilmar? Só com falta. E assim se fez. Nilmar arrancou em velocidade em todas. Numa delas, Mosquera trancou a passagem do 7 colorado. Já tinha amarelo e foi expulso. Começava ali a explosão colorada. O Internacional derreteu a santa fé adversária e foi pra cima. Nilmar saiu para a entrada de Alex.
No lance seguinte à expulsão, Valdívia tabelou com D’Alessandro, que chutou forte e o goleiro fez um milagre. Depois, Anchico acabou sendo expulso também pelo segundo amarelo. Aí a panela de pressão explodiu. Rafael Moura, predestinado, entrou no lugar de Géferson.
43 minutos da etapa final. Escanteio para o Inter. O incêndio foi controlado pelo Inter em cruzamento de D’Alessandro na cabeça de Rafael Moura, tão odiado pela torcida, que se consagrou. O Inter estava na semifinal. O Beira-Rio queimava, derretia a banho maria o Santa Fé. Com dois a mais, Lisandro ainda perdeu duas chances inacreditáveis. O futebol foi sensacional novamente. Os deuses do futebol seguem ao lado do Inter. E o Inter, segue em busca do tri da América.