Número de mortes no trânsito da Capital é o menor em 21 anos

O ano de 2018 terminou com 74 vítimas fatais no trânsito de Porto Alegre, o menor número de mortes dos últimos 21 anos. Com este dado, que representa menos 17% em relação a 2017 (90 mortes), foi antecipada em dois anos a redução da projeção de 50% do número de mortes estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ação no Trânsito (2010/2020), que era de, no máximo, 76 mortes para 2020 em Porto Alegre.

A redução geral acontece mesmo com aumento da frota: atualmente são 839 mil veículos registrados na Capital. Esta é a terceira vez, em 21 anos, com menos de 100 vítimas fatais (92 em 2016; 90 em 2017 e 74 em 2018). Em 1998, quando a EPTC começou a gerir o trânsito em Porto Alegre, 199 pessoas perderam a vida em razão de acidentes de trânsito.

Na comparação de 2018 com 2017, houve no ano passado uma redução de 6% em acidentes (12.657 a 11.866); menos 9% em feridos (5.438 a 4.895) e menos 17% em mortes (90 a 74). Reduziu em 36% o número de mortes por atropelamentos (44 a 28); em 31% as mortes envolvendo motociclistas (35 a 24). Os dados são da Coordenação de Informações de Trânsito (CIT) da EPTC, com fechamento na data de 3 de janeiro.

O diretor-presidente substituto da EPTC, Fábio Berwanger Juliano, afirma que a redução geral da acidentalidade é resultado de ações de educação, infraestrutura e fiscalização, com o apoio da população: “Esta redução não seria possível sem o envolvimento efetivo da população, o que felizmente aconteceu. Claro que foi fundamental a parceria entre a EPTC e as demais secretarias do município, como a Saúde, por exemplo, no Programa Vida no Trânsito, além do envolvimento da Brigada Militar, Detran, Polícia Civil, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal e Samu, entre outros órgãos públicos e também privados, e demais instituições”.

Ele ressalta que o esforço pelo trânsito seguro, com menos conflitos, deve ser permanente: “Por trás de cada número na estatística do trânsito existe uma pessoa, os sentimentos envolvidos, as dores pelas perdas ou mesmo as alegrias pelas vidas salvas. Mas, para que mais vidas sejam preservadas, o comprometimento pelo trânsito seguro deve ser contínuo, sem jamais esmorecer diante das dificuldades. Em 2019, vamos reforçar as ações envolvendo motociclistas, pedestres e ciclistas, segmentos bastante expostos à acidentalidade, além de outras medidas educativas, em fiscalização de engenharia de trânsito”.