Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou no dia 3 de abril, durante o evento “O Brasil Dando a Volta por Cima”, a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida. A iniciativa visa famílias com renda mensal até R$ 12 mil. A aprovação do Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) ocorreu nesta terça-feira (16).
A linha de financiamento prevê condições facilitadas de crédito, como prazos de pagamento de até 420 meses e juros nominais de 10% ao ano, abaixo dos praticados pelo mercado. Além disso, a proposta prevê aquisição de imóveis de até R$ 500 mil. A expectativa é beneficiar cerca de 120 mil famílias em 2025.
Além de criar a faixa 4, para a classe média, a reunião do Conselho Curador delimitou ajustes em outras linhas do Minha Casa, Minha Vida.
Confira
FAIXA 1 E 2
Os limites para as Faixas 1 e 2 do FGTS foram reajustados, de modo a favorecer o maior número de beneficiados possível. A Faixa 1 foi elevada de R$ 2.640 para passar a atender famílias com renda de até R$ 2.850. Já a Faixa 2 subiu o limite de renda familiar de R$ 4.400 para até R$ 4.700.
FAIXA 3
A ampliação da Faixa 3 elevou o teto de renda de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil mensais e permite a aquisição de imóveis de até R$ 350 mil, com juros entre 7,66% e 8,16% ao ano. A medida prevê incluir 15 mil novas famílias nessa faixa ainda em 2025.
Redução nos juros
Mais de 100 mil famílias devem ser beneficiadas com a redução nas taxas de juros, de até 1,16 ponto percentual, e 20 mil passarão a acessar os subsídios do FGTS.
R$ 15 bi
O plano prevê a mobilização de R$ 15 bilhões do FGTS, cuja aplicação deve ocorrer em conjunto com outros R$ 15 bilhões captados por instituições financeiras habilitadas. Ao todo, o público da nova faixa, com foco na classe média, poderá contar com R$ 30 bilhões em recursos para financiamento habitacional. A expectativa é que a implementação oficial das medidas ocorram até maio.
Balanço
Até dezembro de 2024, beneficiários contrataram 1,3 milhão de novas moradias do Minha Casa, Minha Vida, com investimento total de R$ 190 bilhões. Até o início do novo PAC, muitas obras estavam paralisadas ou em ritmo lento. Desde então, o governo federal entregou mais de 43 mil moradias que estavam nessa condição, beneficiando cerca de 173 mil pessoas.