Foi publicada, nesta quinta-feira (8), a nomeação do novo secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer. O novo encarregado da pasta foi anunciado há uma semana e deixou a Prefeitura de Santa Maria para assumir o cargo.
Durante seu primeiro pronunciamento como secretário da Segurança, no dia 2, Schirmer disse ter consciência das dificuldades, mas evitou tocar sobre o caso da boate Kiss. “O problema é gravíssimo”, admitiu sobre a questão da segurança. “O medo, a insegurança e a preocupação tomaram contas das nossas vidas. Somos prisioneiros nas nossas casas”, disse. No entanto, afirmou que “os números do Rio Grande não são tão graves quanto os do Brasil”.
“Estamos em guerra e na guerra a ninguém é dado o direito de furtar-se da sua responsabilidade. É na escassez que se revela um gênio. Os recursos são escassos, as dificuldades são verdadeiras, os problemas são reais. Estou ao lado do governador e do Rio Grande para enfrentar esta triste realidade”, concluiu antes de responder as perguntas dos jornalistas.
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Na segunda-feira (5), o novo secretário se inteirou dos assuntos da pasta do qual, admitiu, desconhecer. Após, em entrevista coletiva, disse que quer criar mais vagas no sistema prisional, mesmo com as dificuldades financeiras do Estado.
“Está na hora do poder público enfrentar essa realidade com firmeza e tirar criminosos das ruas. Vamos nos debruçar sobre este assunto a partir de quinta-feira, mas já tenho conhecimento de que no curto prazo é possível ampliar o número de vagas”, disse durante a cerimônia de apresentação.
Desejo antigo de Sartori no governo, Schirmer teve seu nome bastante desgastado pelo incêndio na boate Kiss, em janeiro de 2013. Na tragédia, morreram 242 pessoas. No inquérito sobre o caso da boate, a Polícia Civil afirmou que há evidências de “negligência por omissão por parte do Poder Público Municipal e do Prefeito Municipal”.
