Cotidiano

Municipários voltam a entrar em greve contra mudanças em benefícios

Os servidores públicos entraram em greve contra um projeto que prevê mudanças nos benefícios da carreira.

A manhã desta segunda-feira (25) é de mobilização de servidores públicos ligados ao Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre). Os servidores públicos entraram em greve contra um projeto que prevê mudanças nos benefícios da carreira.

Os servidores se reuniram em frente ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, desde as 7h. Os municipários vão fazer caminhada até a Câmara de Vereadores, às 14h, para acompanhar a tramitação do PLCE 02/2019.

Os servidores são contra o projeto, que altera o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município da Capital. Pela proposta, seriam extintas a progressividade do percentual dos regimes; alterado os avanços salariais de 5% a cada três anos para 3% a cada cinco anos; extinto o adicional por tempo de serviço; seria alteradas as Funções Gratificadas e os os reajustes salariais incidirão sobre o valor do salário básico, e não mais sobre os adicionais.

A EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) prevê bloqueios de tráfego durante o deslocamento dos municipários. O órgão vai orientar o trânsito em frente à Câmara de Vereadores da Capital para evitar reflexos no tráfego de veículos.

Prefeitura considera greve ilegítima

A Prefeitura de Porto Alegre informou, por meio de nota, que considera a greve promovida pelo Simpa ilegítima. Leia a íntegra.

O governo municipal considera a nova greve do Sindicato dos Municipários (Simpa) ilegítima. Isso porque o Projeto de Lei Complementar do Executivo (PLCE 02/2019), que reestrutura a máquina pública e garante a sustentabilidade das finanças do município a médio e longo prazos, seguiu todos os trâmites legais para ir à votação nesta segunda-feira, 25.

Mais uma vez fica evidente se tratar de uma greve política e ideológica do Simpa. Não é aceitável promover greve pelo andamento correto de um processo legislativo, eminentemente democrático. Por isso, quem não trabalhar nesta segunda-feira terá o seu ponto cortado.

A proposta do Executivo não reduz a remuneração que hoje é paga aos servidores e garante os direitos adquiridos. Ela controla o aumento das vantagens futuras que se demonstram incompatíveis com o cenário financeiro atual da prefeitura, em benefício, inclusive, do futuro dos servidores.

O projeto não muda o regime de trabalho dos servidores, apenas reduz os aumentos automáticos. Vale lembrar que estas correções já foram feitas em nível estadual e federal.