O Ministério Público do Rio Grande do Sul investiga a venda de produtos alimentícios que deveriam ser levados para um aterro sanitário, na cidade de Lajeado. A ação chamada de “Operação Lavoisier” faz referência ao químico francês célebre pela frase que diz “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Quatro pessoas são suspeitas de integrarem associação criminosa para a prática de crimes contra as relações de consumo, como comércio de produtos alimentícios com prazo de validade vencido ou sem condições de comercialização e adulteração e corrupção de produtos alimentícios e bebidas.
Conforme investigações, os responsáveis pela empresa Urbanizadora Lenan Ltda. estavam revendendo alimentos e bebidas vencidos ou estragados. A Urbanizadora é contratada por uma rede de supermercados do Vale do Taquari para levar produtos vencidos para o aterro sanitário de Serafina Corrêa.
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No entanto, esse material era estocado em um galpão e nas residências para, depois, ser entregue a compradores (mercados pequenos, organizadores de festas e mesmo atacadistas) e nas revendas da família. A quadrilha informava aos interessados não só que os produtos estavam vencidos como dava dicas sobre como suprimir a data de validade do produto.
Para uma festa de final de ano de uma academia de ginástica, por exemplo, foram vendidas caixas de vodka e energético vencidos. Já uma pizzaria comprava queijos e peixes que deveriam ir para o aterro sanitário.
A quadrilha também disponibilizava a venda leite vencido havia mais de cinco meses, chocolate, biscoitos, massas, bem como produtos de peixaria e outros alimentos congelados, que ficam acondicionados em tonéis, sem refrigeração, junto a pesticidas, inseticidas e soda cáustica. O cumprimento dos mandados tem apoio da Brigada Militar e de servidores do Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária.