O piloto do helicóptero da Força Nacional de Segurança Pública que caiu em Poconé (MT), no último dia 8, com três tripulantes a bordo, morreu na madrugada de hoje (27), no Rio de Janeiro.
Agente especial da Polícia Civil do Distrito Federal, Renato de Oliveira Souza tinha 55 anos de idade e estava na Força Nacional desde maio de 2016. Comandante de aeronaves, ele integrou a equipe que o governo federal enviou para ajudar no combate aos incêndios que, nos últimos meses, destruíram parte do Pantanal mato-grossense.
O helicóptero pilotado por Souza caiu enquanto participava dos esforços conjuntos para apagar as chamas. Os três tripulantes foram socorridos e transportados para Cuiabá, onde o comandante passou por uma cirurgia na coluna.
No último dia 21, Souza recebeu alta e foi transferido para o Rio de Janeiro a bordo de uma UTI Aérea. Ele continuaria o tratamento médico perto da família, no entanto, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso, começou a sentir uma súbita falta de ar na noite desta segunda-feira (26). Socorrido por uma ambulância, Souza não resistiu.
Ainda de acordo com a secretaria estadual, a família informou que os médicos suspeitam de que a morte foi causada por tromboembolismo pulmonar. A reportagem não conseguiu contato com parentes ou pessoas próximas ao piloto.
Em nota, o governo do Mato Grosso lamentou o falecimento de Souza. “O Renato dedicou boa parte de sua vida na defesa da vida, e não foi diferente nesta última missão. Externamos nosso máximo respeito e admiração e nossos sentimentos aos familiares e amigos”, declarou o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal lamentou nas redes sociais a morte do piloto.
Também em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública expressou pesar e agradeceu “o profissionalismo e a dedicação” do agente da Força Nacional, que é subordinada à pasta. De acordo com o ministério, Souza participou de diversas ações junto à tropa federativa, entre elas as desenvolvidas por ocasião das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, e do rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro de 2019. “Aos familiares e amigos, manifestamos nosso sentimento de solidariedade”, enfatizou o ministério.