O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse que avalia a recomendação de reduzir de 3 megawatts (MW) para 2 MW o requisito mínimo de carga para entrada no mercado livre de eletricidade. A sugestão consta em ofício enviado ontem (4) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Moreira Franco disse que estudará as condições técnicas do pedido, mas adiantou que considera o objetivo geral da proposta da Aneel “extremamente positivo”. A decisão poderá ser publicada por meio de portaria.
Segundo o ministro, o setor elétrico passa por um momento de muita mudança, em que não existem mais os entes totalmente públicos, da geração à distribuição de energia. “Em uma sociedade em que o mercado é livre à concorrência, à competição, à busca de uma melhor qualidade e preço, este modelo não atende mais”, disse Moreira Franco que participou hoje (5) do Seminário Internacional de Comercialização de Energia Elétrica, na capital paulista.
No mercado livre, a aquisição de energia é direto da operadora, sendo permitida a negociação de quantidade, fornecedor, preço e formas de pagamento. Esse ambiente de negócios é permitido apenas para consumidores de alta e média tensão, como indústrias e siderúrgicas.