Cotidiano

Missão brasileira vai aos EUA tratar de crianças separadas dos pais

Uma missão chefiada pelo ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, embarca amanhã (14) para os Estados Unidos em missão sobre direitos humanos e migrações. O principal ponto da pauta é a questão das crianças brasileiras separadas dos pais durante...

Uma missão chefiada pelo ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, embarca amanhã (14) para os Estados Unidos em missão sobre direitos humanos e migrações. O principal ponto da pauta é a questão das crianças brasileiras separadas dos pais durante entrada irregular no país. Rocha esteve no país há cerca de uma semana pra tratar do tema.

Além do ministro, também integram a missão representantes da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Eles vão passar por Nova York, Washington e Boston e até o dia 20 tem reuniões em órgãos multilaterais e organizações da sociedade civil com atuação voltada par a proteção de migrantes.

Na agenda estão reuniões com a representação brasileira junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), com integrantes da Organização Internacional para Migração (OIM), do Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Os integrantes do governo brasileiro ainda irão visitar abrigos de imigrantes para avaliar a situação da recepção de brasileiros nesses locais, o Espaço da Mulher Brasileira, em Boston, e a Universidade de Harvard.

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o ministro Gustavo Rocha disse que está determinado a garantir que famílias se reúnam de forma definitiva. “A gente tem de respeitar as leis dos países. A gente entende que cada país tenha sua legislação específica. Mas não podemos aceitar que essa legislação venha a violar os direitos humanos básicos, como o de reunião de famílias. Nossa preocupação é garantir que os direitos humanos sejam assegurados de forma plena”, disse.

Segundo ele, o número de crianças brasileiras ainda separadas dos pais varia diariamente e estaria em torno de 50. O caso mais preocupante é o de uma criança de 8 anos que está sozinha, em um abrigo em Nova York. “Quero conversar e ver essa criança de perto”, afirmou Gustavo Rocha.