O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, vai ocupar, interinamente, a direção do Hospital Geral de Bonsucesso, em substituição à diretora Luana Camargo, exonerada. Segundo o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, o hospital vem enfrentando “essa questão de gestão e direção de uma maneira muito tumultuada”.
Mandetta lembrou a visita surpresa à unidade na sexta-feira (11) à noite quando informou aos servidores que esperassem a conclusão dos trabalhos que discutirão o organograma e governança do hospital, além da escolha da direção da unidade.
“Tem uma série de perfis até para ocupar cargos, ele [secretário de Atenção à Saúde] fica ali, interinamente, até que esses princípios sejam definidos. Espero que até segunda-feira (28) a gente já consiga ter, pelo menos, a equipe inicial que vai começar a trabalhar”, disse.
Para as áreas críticas, que são a de abastecimento e a de licitação, o ministro informou que vai buscar a experiência dos militares. “A gente deve contar com a expertise dos militares que trabalham com essas áreas já há muito tempo nos hospitais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para compor junto a parte de gestão clínica e a de gestão administrativa e financeira da unidade. A gente está trabalhando para já nesta semana estar com estes nomes encaminhados”, informou.
O ministro não confirmou se outras pessoas da equipe anterior serão exoneradas, e preferiu repetir que o hospital “vai passar por uma reformulação total”.
Quanto às direções das outras unidades federais no Rio de Janeiro, Mandetta informou que não gosta de pré-julgar a atuação dos diretores. Adiantou, no entanto, que quem tiver bom desempenho e reunir as equipes para avançar na reestruturação dos hospitais vai ficar no cargo.
“Não temos nenhuma indicação política a ser feita. As indicações serão técnicas. Se tecnicamente corresponderem ótimo. Se não corresponderem, outros técnicos virão”, disse.
O ministro deu as declarações após uma reunião, na representação da pasta, com diretores de hospitais federais e privados e representantes das secretarias de Saúde do estado e da cidade para discutir a situação dos hospitais federais instalados no Rio e da integração do sistema de atendimento aos pacientes.