Metroviários decidiram, nesta segunda-feira (14), não entrar em greve. A assembleia ocorreu em virtude dos recentes casos de insegurança nas estações e dentro dos trens da Trensurb. Desde uma assembleia realizada no dia 1º de fevereiro, a categoria está em estado de greve devido a violência.
Aproximadamente 130 membros da categoria participaram da reunião, que ocorreu no bairro Humaitá, em Porto Alegre. Em abril, uma nova assembleia acontecerá, para decidir sobre a possibilidade de uma greve. 40% dos metroviários já queriam paralisar os serviços na próxima sexta-feira. A maioria preferiu deixar para o início de abril a greve, para haver tempo de organizar a mobilização.
Desde o início do ano, foi registrado um arrastão, ao menos três assaltos às estações e um caso de ataque a faca contra um passageiro dentro de um trem. Os metroviários exigem a contratação de seguranças aprovados no último concurso público. Os concursados estão no cadastro reserva. Atualmente são 80 seguranças trabalhando nas estações.
Nos últimos três meses, os funcionários da Trensurb viram a escalada de violência se refletir dentro das estações. Conforme o Sindimetrô (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Rio Grande do Sul), não foi discutido nenhuma proposta de reajuste salarial. O assunto tratado foi exclusivamente a insegurança.
A partir desta semana, manifestações devem ocorrer nas estações de trens, revindicando mais segurança para usuários e metroviários.
Em nota, a Trensurb diz que vem treinando os seus funcionários e instalando câmeras de segurança para manter a tranquilidade. Segundo a empresa, há supervisores de segurança de plantão no centro de controle diariamente, além de uma linha direta de comunicação com a Secretaria de Segurança Pública.
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