Cotidiano

Menina de um ano e oito meses morre vítima de meningite meningocócica em Passo Fundo

A meningite, doença que causou medo na população no último inverno, fez mais uma vítima em Passo Fundo na manhã desta segunda-feira (2). Internada desde a semana passada no Hospital São Vicente de Paulo, a menina Valentina de Souza Garbin, de um ano e oito meses, faleceu na manhã de hoje, vítima de meningite meningocócica.
A avó da menina está internada para tratamento, no Hospital da Cidade. Ambas tiveram exame preliminar feito nos hospitais, que comprovaram a doença, porém um exame detalhado, feito em outra cidade, irá comprovar a doença de forma oficial.
Diferentemente dos outros casos registrados neste ano, esse tipo de meningite tem alto índice de contaminação. Uma equipe da secretaria Municipal de Saúde de Passo Fundo está desde o sábado (31), fornecendo tratamento especifico para os vinte colegas de escola da menina. A equipe de saúde formada também irá monitorar todos os colegas, professores, escola e pessoas do convívio familiar durante os próximos dias.
Em entrevista a Rádio Uirapuru, o secretário da saúde, Luiz Artur Rosa Filho, esclareceu que o tratamento preventivo com antibiótico deve barrar a bactéria. A vacina para este tipo de meningite na rede de saúde municipal, para crianças de até 3 anos de idade.

Meningite meningocócica

A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda, rapidamente fatal, causada pela Neisseria meningitidis. Esta bactéria pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central (meningite) e infecção generalizada (meningococcemia). Existem 13 sorogrupos identificados de N. meningitidis, porém os que mais freqüentemente causam doença são o A, o B, o C, o Y e o W135.
Estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos. É uma doença de evolução rápida e com alta letalidade, que varia de 7 até 70%. Mesmo em países com assistência médica adequada, a meningococcemia pode ter uma letalidade de até 40%. Geralmente acomete crianças e adultos jovens, mas em situações epidêmicas, a doença pode atingir pessoas de todas as faixas etárias.
As informações são do Cives (Centro de Informação em Saúde para Viajantes) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).