VALE DO TAQUARI

Grupo dos Médicos Sem Fronteiras dá apoio a pessoas afetadas por inundações no RS

Cidades do Vale do Taquari atingidas por inundações causadas por um ciclone extratropical no início de setembro.

Destruição no município de Roca Sales. Crédito: Mauricio Tonetto / Secom, Governo RS

Um do grupo dos Médicos Sem Fronteiras está trabalhando em cidades do Vale do Taquari atingidas por inundações causadas por um ciclone extratropical no início de setembro.

Uma equipe de psicólogos de MSF deve realizar nos próximos dias formações de estratégias comunitárias para suprir as demandas por apoio de saúde mental na região.

Além desta iniciativa, outras atividades já estão sendo realizadas. Logo no primeiros dias após a passagem do ciclone, uma equipe visitou os locais afetados para avaliar a melhor maneira de colaborar com a resposta.

Na segunda semana de setembro, foram enviados promotores de saúde que passaram a prestar assistência à população que precisou ir para abrigos nas cidades de Lajeado, Encantado e Estrela.

Entre as atividades realizadas estão o apoio na distribuição de refeições e de kits de higiene, além de triagem e distribuição de itens doados às vítimas. Também foram dadas orientações e realizados encaminhamentos a serviços de saúde e de assistência psicossocial.

A atuação já nos primeiros dias foi importante, porque conseguiu aliviar um pouco a escala das equipes locais, muito sobrecarregadas. “Muitas vezes após uma tragédia como essa, há uma descontinuidade no acesso a alguns serviços públicos, por isso é importante orientarmos essas pessoas”, explica a coordenadora do projeto de emergência de MSF no Rio Grande do Sul, Verônica Erthal.

“Esse apoio simples permite reduzir o sofrimento das pessoas atingidas para que elas possam, por exemplo, saber como acessar serviços médicos públicos e fazer reemissão de documentos perdidos”, afirma Verônica.

Imigrantes 

Em parceria com outras organizações e autoridades nos níveis local, estadual e federal, MSF também fez um trabalho específico de apoio a migrantes que vivem na região. A organização conta com um mediador cultural que tem ajudado pessoas originárias do Haiti e de países africanos de língua francesa, além de migrantes de outras nacionalidades, na interlocução com autoridades locais para reemissão de documentos.