A média móvel de mortes dos últimos sete dias vem aumentando no estado do Rio de Janeiro desde 11 de novembro. De acordo com o indicador Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), naquele dia era 30,14 óbitos e ontem atingiu 110,86.
A média móvel é um indicador considerado importante por pesquisadores para avaliar a tendência da pandemia, com menor interferência das oscilações diárias. O cálculo é feito a partir do número de mortes registradas nas últimas 24 horas, somadas às que ocorreram nos seis dias anteriores, e o resultado é dividido por sete. Já a média móvel de novos casos dos últimos sete dias também aumentou. Era 1540,86 no dia 15 de novembro e ontem alcançou 1987.
Ocupação
A Secretaria de Saúde do estado informou que há 352 leitos operacionais de covid-19 disponíveis nas unidades da rede estadual. Desse total, 191 são de enfermaria e 161 de UTI. Hoje a taxa de ocupação, considerando todas as unidades da rede estadual destinadas à covid-19, está em 28% em leitos de enfermaria e 60% em leitos de UTI.
Na rede pública, 227 casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus aguardam transferência para leitos de internação, sendo 120 para enfermaria e 107 para UTI, “que podem ser regulados para diferentes redes, sejam municipais, estadual ou federal.
Para a secretaria, não há falta de leitos para a doença no estado, e a fila de espera decorre da necessidade de buscar vagas na Central Estadual de Regulação, que contemplem todas as necessidades clínicas de pacientes com comorbidades, garantindo assistência especializada em cada caso.
Segundo a resolução sobre a classificação dos leitos de covid-19 na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, publicada na quarta-feira (18), os leitos destinados ao tratamento de pacientes portadores da doença, sejam clínicos ou de UTI, “que estejam livres devem, obrigatoriamente, ser classificados em status azul, ou seja, prontos para serem utilizados”.
Com isso foram disponibilizados, imediatamente, 83 leitos: 42 no Hospital Municipal São José, em Duque de Caxias; 25 no Hospital Universitário Pedro Ernesto; 12 no Instituto Nacional de Infectologia; três no Hospital Estadual Carlos Chagas; um no Hospital Estadual Anchieta.
São Gonçalo
A ocupação dos leitos do município de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, saiu de 100% e, segundo a prefeitura, hoje está em 80%. Neste sábado (21) foram abertos 20 leitos de urgência e emergência nos hospitais de Retaguarda, no centro da cidade, e no franciscano Nossa Senhora das Graças, no bairro da Lagoinha. Na semana que vem serão abertos mais 60 leitos, também no Hospital de Retaguarda. De acordo com a prefeitura, além dos pacientes de São Gonçalo, a rede de saúde tem atendido doentes que chegam de cidades vizinhas como Niterói, Itaboraí, Maricá, Tanguá, Silva Jardim e São Pedro da Aldeia, que têm encaminhado crianças atendidas pela UPA pediátrica.
Capital
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui unidades municipais, estaduais e federais, no município é de 79%. A taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 61%. A rede municipal tem 901 leitos para a doença, entre eles, 271 de UTI. “O número de leitos especializados na rede é maior do que a demanda por internações para tratamento da doença”, informou a secretaria.
Hospitalizações
Atualmente, há 589 pacientes internados nas unidades da rede municipal, sendo 258 em UTIs. A rede SUS na capital tem 960 pessoas internadas em leitos especializados, sendo 445 em UTI.
Em toda a rede SUS da região metropolitana 1, que engloba a capital e municípios da Baixada Fluminense, há 147 pessoas já com leitos de destino regulados em processo de transferência. Desse total, 50 são para UTI covid.