Cotidiano

Marido de catequista morta em Estância Velha é considerado foragido pela polícia

O crime ocorreu enquanto a vítima ministrava uma aula na capela da Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro Nova Estância, em Estância Velha.

A Polícia Civil faz buscas ao empresário César Luís Velho, de 53 anos, apontado como principal suspeito da morte da professora de catequese Elaine Maria Tretto, 51 anos, no dia 31 de agosto. O feminicídio ocorreu enquanto a vítima ministrava uma aula na capela da Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro Nova Estância, em Estância Velha.

Velho é considerado foragido pela polícia, pois não foi encontrado em seu endereço e nem nos locais que costumava frequentar. A principal hipótese é que o empresário tenha tramado a morte da companheira porque o relacionamento estava chegando ao fim e ele não aceitava o término da união.

A residência onde o casal vivia já estava à venda desde alguns dias antes do crime, o que, para a polícia, dá indício de premeditação. O suspeito teve o pedido de prisão solicitado à Justiça na semana passada, mas até agora ele não foi preso. O homem deixou o filho de 9 anos com um familiar de fora de Estância Velha e não fez mais contato.

A Polícia Civil descobriu que o acusado plantou várias pistas falsas. Entre elas, disse aos policiais que achava que o crime era uma vingança por um roubo sofrido por Eliane há alguns anos. No entanto, a investigação apontou que ninguém foi acusado pelo crime sofrido pela catequista e a tese, então caía por terra.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Velho deve ser repassada à Polícia Civil pelo telefone (51) 3561-1110. O denunciante não precisa se identificar.

Crime com requintes de crueldade

Vítima foi torturada antes de ser morta por bandidos. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Segundo relato de três alunas de Elaine, que testemunharam a ação criminosa, dois ou três homens invadiram a capela, que fica a cerca de 400 metros da casa do casal, por volta das 19h30 de 31 de agosto. Eles estavam com capacetes de motociclista e com luvas pretas. Um deles, que estaria armado, manteve três alunas amarradas em uma sala. Para elas, o criminoso pediu que “ficassem tranquilas” e disse que “seria nada com as jovens”.

Elaine Maria Tretto foi levada à força até um banheiro, onde foi espancada e depois estrangulada até a morte. Traumatizadas com os gritos da vítima, as três alunas conseguiram sair do local onde estavam minutos depois da fuga dos bandidos e solicitaram ajuda de vizinhos da capela.

As reféns relataram que o assassino teria ordenado que Elaine pedisse “perdão”. Depois do crime, os assassinos teriam usado um carro e uma moto para fugir da região da capela.