Vinte manifestantes da Fundação Educafro ocuparam na manhã dessa segunda-feira a entrada principal do Ministério da Fazenda.
David Santos, frade franciscano, porta-voz dos manifestantes, disse que eles os manifestantes só sairiam do local depois de serem recebidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ele, os manifestantes querem que o ministro dê garantias de que serão providenciados mais recursos para a educação no país.
“Estamos aqui representando os estudantes pobres e negros do Brasil. Com o corte de 30% das verbas, o governo prejudica pobres e negros”, disse frei David.
Sobre a escolha do local da manifestação, o frade explicou que várias audiências foram realizadas no Ministério da Educação, que sempre alega o corte de verbas para não atender as reivindicações. “Queremos a garantia de que todo aluno cotista negro, cuja renda seja inferior a 1,5 salário mínimo, tenha bolsa moradia, alimentação e transporte”, afirmou. “Colocamos aqui como é incoerente falar em pátria educadora e cortar 30% da verba para educação. Queremos saber quanto mais vai para educação, em uma pátria educadora”, disse.
Acionada pelo setor de segurança do Ministério da Fazenda, a Polícia Militar foi chamada para retirar os manifestantes. Entretanto, a decisão de desocupar o prédio foi tomada pelos próprios manifestantes, após a Secretaria Executiva do Ministério marcar uma audiência com o grupo para o dia 17 de março.
Desocupação
Depois de aproximadamente duas horas de bloqueio, os manifestantes da Fundação Educafro, liberaram a entrada principal do Ministério da Fazenda, por volta das 14h10. Segundo o frade franciscano David Santos, a decisão de desocupar o prédio foi tomada após a Secretaria Executiva do ministério marcar uma audiência com o grupo para o dia 17 de março.
Cotidiano