Cotidiano

Protesto contra aumento das passagens tem confronto com a Polícia em Porto Alegre

A reunião entre EPTC (Empresa Pública de Transporte Público) e o Conselho Municipal de Transportes teve protesto de estudantes na manhã desta quinta-feira (3), em Porto Alegre. Em certo momento, pedras foram jogadas e houve confronto com policiais.
O protesto começou por volta das 9h, mas se intensificou por volta das 11h, quando os estudantes bloquearam a avenida Ipiranga no sentido Praia de Belas. A Brigada Militar interveio para desbloquear a via e alega que os policiais foram recebidos a pedradas. O prédio da EPTC também foi alvo das pedras.

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Em resposta, os policiais usaram bombas de gás lacrimogênio para dispersar o tumulto. Sete pessoas ficaram feridas levemente na correria. Os jovens queriam que um grupo de cinco manifestassem acompanhasse, dentro da sede da EPTC, a reunião, o que não foi permitido.
Com o clima mais calmo, os estudantes se reagruparam na esquina da Ipiranga com João Pessoa e, depois, em frente do Colégio Júlio de Castilhos.
A reunião dos conselheiros chegou a ser suspensa após o confronto, mas foi retomada. Uma outra reunião foi realizada no dia 17 de fevereiro.

Motivo do protesto

A EPTC e o Comtu se reuniram para tratar o reajuste das passagens de ônibus e lotação em Porto Alegre. O Bloco de Lutas pelo Transporte Público é contra o possível retorno da tarifa de ônibus pra R$ 3,75. Na última segunda-feira, cerca de mil pessoas protestaram contra o possível reajuste na tarifa.

No último dia 25, a juíza Karla Aveline Oliveira, da 5ª Vara da Fazenda Pública do Rio Grande do Sul, expediu uma liminar obrigando a Prefeitura da Capital a cancelar o reajuste nas passagens. A juíza levou em consideração na sua decisão, o fato de que os pedidos de reajuste e as novas tarifas devem ser analisados, antes de entrar em vigor, pelo Comtu, o que não ocorreu. A lei 7.956 de Porto Alegre determina que qualquer aumento tem que passar pelo Comtu. A ação foi movida pelo PSOL.