O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, abriu oficialmente no Leme, na zona sul do Rio, o Dia D de vacinação contra a gripe. Durante o evento, o ministro explicou que a vacina deste ano tem duas cepas novas, em relação à vacina de 2018. Segundo o Ministério da Saúde, a alteração nas cepas é importante devido ao vírus da gripe passar por constantes mutações.
“A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina, e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, informou a pasta.
O ministro da Saúde falou também sobre a importância de se ter um dia, como hoje, que marque a campanha, em que todos estão mobilizados para a vacinação. “Hoje é o Dia D, onde a gente faz uma grande conscientização, uma grande chamada à população e gradativamente as metas vão sendo atingidas. Iniciamos este ano um pouco antes, apenas com gestantes e crianças que era para não ter aglomeração, esse grupo pode se vacinar a qualquer tempo a qualquer hora”.
Sobre a situação no estado do Amazonas, onde a vacinação teve que ser antecipada devido ao número de mortes causadas pela doença, em menos de um mês, Mandetta informou que a meta de vacinação foi atingida rapidamente.
“Em apenas 20 dias foram registrados 36 óbitos no estado. Ela pegou muitas gestantes e crianças. Tanto que nós tivemos que antecipar ao máximo o lote inicial para o Amazonas. As pessoas às vezes só começam a se vacinar quando elas vêm que os casos são graves e as pessoas estão indo a óbito. Então no Amazonas já atingiu a meta e em uma semana vacinou toda a sociedade do Amazonas”, disse.
Perguntado sobre o número reduzido até o momento, no estado do Rio de Janeiro, que, de um total de 4,8 milhões de pessoas do público-alvo, cerca de 500 mil compareceram para se imunizar, Mandetta disse que “a população gradativamente já se apropriou da vacina. Ela tem o tempo dela”. Mas alertou para a importância da pessoa tomar a vacina o quanto antes.
“Essa vacina, quando se aplica, o organismo leva de 15 a 20 dias para gerar os anticorpos”, disse o ministro, chamando a atenção para a população dos estados da Região Sul se vacinar antes do período frio chegar. “Pela previsão do tempo, a gente já começa a ter a chegada de frentes frias no Sul do país. Todos os anos nós temos óbitos, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. E essa gripe quando faz um formato de epidemia, ela não tem fronteira e atravessa o país inteiro. A importância é extrema de você proteger a você e a sua família”, afirmou.
O aposentado Vitor Manoel da Fonseca Brandão, de 72 anos, estava no posto de vacinação e disse que todo ano não deixa de se imunizar contra a gripe. “Eu tomo a vacina porque é muito importante que a gente se previna de um mal maior, que no caso é a pneumonia. A vacina é muito importante. Eu não tenho me resfriado, nem gripado. E é muito difícil acontecer e, graças a Deus, eu não tenho tido maiores problemas, não”, disse.
Imunização
Dados do Ministério da Saúde indicam que até ontem (3) foram vacinadas no Brasil 14,5 milhões de pessoas. O quantitativo representa 24,5% do público-alvo da campanha, formado por profissionais das forças de segurança e salvamento, crianças de seis meses a menores de 6 anos, gestantes, trabalhadores de saúde, povos indígenas, puérperas (mulheres até 45 dias após parto), idosos, professores, pessoas portadoras de doenças crônicas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. A meta é vacinar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários.