Cotidiano

Mais partes de cadáveres esquartejados são encontradas em Novo Hamburgo

Foram localizados mais partes dos corpos de um menino de 8 ou 9 anos e de uma menina entre 10 e 12 anos encontrados no dia 4 de setembro.

A rua Porto das Tranqueiras, em Lomba Grande, foi foco de uma operação do Instituto-Geral de Perícias, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (18), em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Mais partes de cadáveres encontrados esquartejados há duas semanas foram deixadas às margens da via de chão batido. Desta vez, porém, em uma área ainda mais afastada do que a anterior.

Mãos e pés de pelo menos duas crianças foram localizadas por moradores que sentiram o forte cheiro das sacolas plásticas onde as partes estavam. A polícia foi chamada ao local após uma ligação para o telefone 190.

Segundo a Polícia Civil de Novo Hamburgo, que conduz as investigações sobre os dois esquartejamentos, durante a tarde desta segunda-feira, foram localizadas mais partes dos corpos de um menino de 8 ou 9 anos e de uma menina entre 10 e 12 anos encontrados no dia 4 de setembro.

As cabeças, no entanto, não foram encontradas. Exames de DNA foram solicitados ao IGP para tentar identificar as vítimas em bancos de desaparecidos de âmbito nacional. Até agora, não há nenhuma pista sobre quem seriam as crianças.

Segundo o delegado Rogério Baggio Berbicz, que conduz os trabalhos de investigação, o ocultamento das cabeças das crianças é proposital. Segundo ele, sem os crânios fica impossibilitado o uso de recursos tecnológicos para construir a imagem dos rostos.

Segundo a Polícia Civil, o IGP também enviou as impressões digitais coletadas para outros estados, pois a suspeita é que as crianças não possuam RG ou sequer sejam gaúchas, já que não constam nos bancos de dados do Rio Grande do Sul.

De acordo com a DPHPP (Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Novo Hamburgo, os sacos com os corpos encontrados há duas semanas estavam dentro de caixas de uma marca de sabão em pó. A empresa é de Pernambuco e não comercializa os produtos no Rio Grande do Sul.

A Polícia Civil segue investigando o caso e trabalha com a hipótese de que as vítimas sequer teriam sido mortas no Rio Grande do Sul. A apuração fica prejudicada, pois os corpos foram localizados em um local remoto e sem pistas. A identificação das vítimas é essencial para o prosseguimento da investigação.