A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (2) que mais de 1.432 casos de estupro foram registrados no Rio Grande do Sul desde o início do ano até o mês de abril. O número, no entanto, é 11,39% menor que o registrado em 2015, quando foram 1.616 no mesmo período. São, em média, 11 casos por dia no Estado.
Chama a atenção os números de estupros de vulnerável, de 772 nos primeiros quatro meses do ano. Este tipo de crime ocorre quando a vítima tem menos de 12 anos. Os piores meses são os de janeiro e fevereiro, onde 226 e 224 crianças, respectivamente, foram agredidas. E os que não foram registrados?
Segundo a titular da DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) da Capital, delegada Tatiana Barreira Bastos, a denúncia é fundamental importância para, em primeiro lugar, dar o acolhimento imediato e eficaz à vítima de violência sexual. O segundo passo, por parte da polícia, é fazer a identificação e responsabilização criminal do agressor.
Quanto há o registro, a vítima é encaminhada a exames periciais, como a coleta de material genético, bem como a todos os serviços que compõem a rede de proteção especializada no atendimento à mulher, a chamada Rede Lilás.
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A Polícia Civil diz que não economiza esforços para que possa contribuir para a resolução dos casos graves de estupro. Segundo o Chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, o aumento ou diminuição dos registros dependem muito da credibilidade da instituição.
Os procedimentos remetidos de estupro e de estupro de vulnerável no Rio Grande do Sul em 2016 são de 1.164 até o final de abril. No período, foram 553 procedimentos de estupro e 533 de estupro de vulneráveis remetidos à Justiça.
“O trabalho policial e a resposta imediata são fatores importantes para que haja maior confiança da sociedade. As vítimas e familiares precisam saber que podem contar com suporte profissional para lidar com essa situação sensível e, assim, denunciar as agressões junto aos órgãos competentes”, afirmou Wendt.
