Cotidiano

Mais de 20 toneladas de lixo são retiradas das casas de bombas da Capital

Foram retiradas 20 toneladas de lixo dos canais das 19 casas de bombas do DEP (Departamento de Esgotos Pluviais), durante a chuva da noite de quarta-feira (21), em Porto Alegre. De acordo com os diretores do DEP, Tarso Boelter, e do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana), André Carús, este montante equivale a cinco caminhões-caçamba cheios.

De acordo com o diretor-geral do DMLU, aproximadamente 2.200 toneladas de lixo são recolhidas por dia em Porto Alegre. “Deste total, 600 toneladas/dia recolhidas são provenientes de descarte irregular de lixo. A Prefeitura gasta R$ 1,2 milhão por mês somente para recolher os resíduos descartados incorretamente”, destaca Carús.
“Há que se compartilhar responsabilidades. O poder público tem que fazer sua parte limpando as redes pluviais; mas a população tem que colaborar, não descartando irregularmente o lixo nas ruas”, declara Tarso Boelter. Tarso ainda destaca que os problemas em casas de bombas do DEP têm causas combinadas. “Podem ocorrer por falta de energia elétrica, por lixo descartado irregularmente que tranca nas hélices das bombas ou pelo aquecimento destes equipamentos, que podem gerar pane elétrica”, explica.
“Nessa quarta-feira, à noite, na hora da chuva, vistoriei a casa de bombas 16, que atende a região do Tribunal de Justiça, na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto. Foi impressionante a quantidade de lixo que vinha pelo canal até a casa de bombas. Uma parte destes resíduos trancou a hélice do motor das bombas e as mesmas desligaram automaticamente, parando de bombear as águas, o que provocou mais alagamentos naquele trecho”, destaca Tarso Boelter. A mesma situação, de lixo trancando a hélice do motor de bombas, também ocorreu na casa de bombas 1, que atende a região da Estação Rodoviária, provocando alagamento por parada de funcionamento das bombas por 40 minutos.
Nos últimos dias, o DEP percorreu as 19 casas de bombas (CBs) para quantificar a quantidade de lixo trazida pelas águas das chuvas até o canal das CBs. Foi constatado que um grande volume de lixo é retirado das grades de proteção das CBs pelos operadores. “Se não fosse a retirada destes resíduos pelos operadores das CBs, acabaria acontecendo de estes materiais entrarem e trancarem as bombas, parando seu funcionamento, tal como ocorreu ontem nas CBs 16 e 1”, alerta o diretor do DEP. Uma bomba nova custa em torno de R$ 600 mil, um valor alto a ser gasto em caso de reposição.