Cotidiano

Mais de 120 pessoas foram mortas em assaltos no Rio Grande do Sul em 2017

A cidade que teve o maior número de roubos seguidos de morte é Porto Alegre, que teve 12 casos. Os meses de fevereiro e março foram os mais violentos, com três mortes cada

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Rio Grande do Sul divulgou nesta segunda-feira (15) os indicadores criminais no Estado em todo o ano passado. Ao todo, foram registrados 124 latrocínios, quando a vítima é morta para a prática de roubo.

A cidade que teve o maior número de roubos seguidos de morte é Porto Alegre, que teve 12 casos. Os meses de fevereiro e março foram os mais violentos, com três mortes cada, somando a metade do número total na cidade. Durante quatro meses – julho, outubro, novembro e dezembro – a SSP não registrou casos de latrocínio na Capital.

A segunda cidade que mais teve registro de latrocínios no Rio Grande do Sul em 2017 foi Gravataí, com sete casos. Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas tiveram seis casos de roubo seguido de morte cada. A seguir na lista estão Santa Maria e Pelotas, com cinco casos.

Alvorada, São Leopoldo e Novo Hamburgo tiveram quatro casos. Outras cidades, principalmente do interior do Estado registraram entre um e três casos de latrocínio no ano passado.

Conforme a SSP, o número, apesar de elevado aponta uma queda de 26,2% nos índices de latrocínio no Estado. Na Capital, diz a secretaria, o número de roubos seguidos de morte caíram 69,2% em relação a 2016.

Durante a apresentação do balanço, o secretário da Segurança Pública, Cezar Schimer, observou que a diminuição dos latrocínios possui um caráter simbólico, pela gravidade do delito. “É um dado a ser comemorado, mas que exige, por parte do poder público, esforços redobrados. Temos que solidificar de uma vez por todas esta nova realidade”, afirmou.

Número de ocorrências caem, mas número de homicídios cresce

O número de ocorrências policiais de homicídios no Rio Grande do Sul recuou 1,5% em 2017 se comparado ao ano de 2016. Foram 40 casos a menos: 2.606 no ano passado contra 2.646 homicídios há dois anos. A capital, no entanto, registrou queda de 17,1% no número de vítimas, em comparação a 2016.

O total vítimas de homicídios dolosos, ou seja com a intenção de matar, foi no caminho inverso: foi de 2.865 em 2017 contra 2.856 em 2016. O número de vítimas difere do número total de homicídios porque a SSP contabiliza o total de ocorrências. Ou seja, se duas pessoas são mortas no mesmo local, o sistema contabiliza apenas uma ocorrência.