Política

Lula condena discurso de ódio e pede união em mensagem de Natal

Presidente fez pronunciamento de Natal e disse que ódio à democracia dividiu o país e deixou cicatrizes profundas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento de Natal em rede nacional de rádio e televisão neste domingo (24) e disse que a tentativa de insurreição promovida por bolsonaristas em 8 de janeiro deixou “cicatrizes profundas”, mas ressaltou que a democracia “saiu vitoriosa e fortalecida”.

Em discurso de cerca de cinco minutos, o petista celebrou resultados alcançados no primeiro ano de seu terceiro mandato, como o PIB acima das previsões do mercado, a desaceleração da inflação e a aprovação da reforma tributária, e afirmou que o Brasil “voltou a ter um governo de verdade”.

No entanto, Lula destacou que ainda falta “restaurar a paz e união entre amigos e familiares”, em referência às divisões políticas que culminaram no 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal), com o objetivo de forçar uma intervenção militar para destituir o governo recém-empossado.

“O ódio de alguns contra a democracia deixou cicatrizes profundas e dividiu o país. Desuniu famílias, colocou em risco a democracia.

Felizmente, a tentativa de golpe causou efeito contrário, uniu todas as instituições, mobilizou partidos políticos acima das ideologias, provocou a pronta reação da sociedade. E ao final daquele triste 8 de janeiro, a democracia saiu vitoriosa e fortalecida”, salientou.

O presidente ainda expressou o desejo de que “o Brasil abrace o Brasil” novamente, valorizando “a verdade e o diálogo entre as pessoas”. “Em 2024, vamos trabalhar fortemente para superar mais uma vez todas as expectativas”, disse o mandatário, citando os investimentos de R$ 1,7 trilhão previstos no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Lula também comemorou o fato de o Brasil ter recuperado o “diálogo com o mundo e a credibilidade internacional” e por ter voltado “a ser ouvido nos mais importantes fóruns internacionais em temas como combate à fome, desigualdade, busca pela paz e o enfrentamento da emergência climática”.

“O desmatamento na Amazônia caiu 68% em novembro, aumentamos os investimentos em biocombustíveis e na geração de energia eólica e solar. Estamos dando os primeiros passos na produção de hidrogênio verde, a energia do futuro. Consolidamos o papel do Brasil como potência mundial na produção de energia renovável”, afirmou o petista.