Livro prevê Brasil desmembrado por questões políticas em 2054

Foto: Divulgação
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O período eleitoral de 2014 foi envolto por discussões e conflitos em todo o Brasil, incluindo questões como os diferentes planos de governo e a falta de água. Com a reeleição da presidente Dilma Rousseff, até mesmo um movimento separatista ganhou força em São Paulo por meio das redes sociais, principalmente em razão do grande número de votos advindos das regiões Norte, Nordeste e dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Essa situação abriu margem a conjeturas quanto ao futuro do País. Na literatura, um desses futuros é retratado em “Rio 2054 – Os Filhos da Revolução” (Novo Século Editora; 374 páginas; preço sugerido da versão digital 24,90 reais), livro do jornalista, escritor e fã de ficção científica, Jorge Lourenço. A obra tem seu ponto de partida exatamente em um movimento separatista, mas no Estado do Rio de Janeiro, em razão de conflitos políticos, econômicos e sociais causados pela divisão dos royalties do petróleo.
“Rio 2054 é uma aventura cheia de reviravoltas com uma trama bem complexa, que carrega uma crítica social muito forte. O livro trata de um Rio de Janeiro brutalmente segregado entre ricos e pobres, no qual um grupo de corporações assume o controle da cidade após a guerra civil e governa com punho de ferro. De certa forma, não é tão diferente do Rio de Janeiro de hoje, onde as empreiteiras têm participação forte no governo e as favelas guardam décadas de segregação social”, afirma o autor.
A história de “Rio 2054” se passa três décadas após uma guerra civil que começou com a disputa pelos royalties do petróleo e apresenta uma mistura entre discussões de importantes temas sociais, como desigualdade, corrupção e violência, elementos de ficção científica, como o uso de alta tecnologia e personagens com poderes psíquicos.
O protagonista da trama é Miguel, morador de uma região abandonada no pós-guerra, que se vê obrigado a desvendar os segredos de uma misteriosa inteligência artificial e, para proteger aqueles que ama, bater de frente com as poucas pessoas dispostas a salvar o que resta da Cidade Maravilhosa.