Cotidiano

Líderes empresariais debatem revolução nas organizações

CEO Fórum Sul 2020 apresentou líderes de grandes organizações falando sobre mudanças baseadas nas novas tecnologias

A crise acelerou o processo de uma série de mudanças e novos desafios entraram em cena. As empresas mais do que nunca veem como crucial a operação dos processos e enxergam a revolução como uma das formas de sobrevivência do negócio.

Sob o tema, O Presente, em Revoluções por Minuto, o CEO Fórum Sul 2020 apresentou João Tavares, diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi, Carlos Zarlenga, presidente da General Motors na América do Sul e Viviane Martins, CEO da Falconi.

O ano atípico fez com que a velocidade das mudanças ocorresse de forma acelerada, com adoção de novas tecnologias, puxado principalmente por inovação e transformação. Viviane Martins, CEO da Falconi, abriu o CEO Fórum Sul 2020 apresentando o cenário atual e como adequá-lo para adaptar-se a era do conhecimento em alta velocidade. “Em momentos de adaptação erros acontecem, precisamos saber lidar com essas questões. Vejo como três pilares podem ser úteis aos negócios. O primeiro é sobre a cultura digital, quando tomadas de decisões são feitas para aprofundar os problemas das empresas; depois, inovação e modelos de desempenho, não apenas se ter boas ideias, mas saber onde e quando acioná-las e colocá-las em prática; e em terceiro, melhorar a eficiência com novas ferramentas e mais colaboração entre as pessoas”.

Essas revoluções acontecem em vários setores da sociedade e das empresas também. O Sicredi trabalha mais especificamente com o mercado financeiro. Segundo João Tavares, a revolução traz um novo significado. “Produtos devem ter foco nas necessidades dos clientes e associados. Anos atrás a área financeira tinha como foco receber pagamentos, trabalhar alguns investimentos, agora não”, contou João.

Na área automotiva, a transformação é algo profundo. O processo elétrico dos carros autônomos vem em aceleração forte na Europa, EUA e China, segundo o Presidente da GM na América. “Queda de custo, processo da produção da bateria em elevação na qualidade e com performance muito boa, são fatos relevantes”, comentou Carlos Zarlenga. Mas fez uma ressalva. “Para a América do Sul, não esperem por isso em menos de 20 anos. Já em São Francisco, nos EUA, em 5 anos devemos ter carros 100% autônomos na rua”.

Com queda de cerca de 90% nas vendas, e uma visão de uma recuperação lenta, o setor em que a GM atua, sofreu financeiramente. “No dia 18 de março, paramos todas nossas plantas na América do Sul, nossa prioridade era a segurança e saúde dos nossos funcionários”, explicou. “Voltamos apenas na metade de maio, mas com protocolos seguros para o retorno”. Hoje, com uma situação um pouco melhor, a General Motors vende cerca de 220 mil carros por mês, o que, segundo Carlos, “não é ruim”. Em 2021, “o crescimento na General Motors deve ser razoável”, avalia. “A segunda metade de 2021 já deve ser com boa parte da normalidade, com a descontinuação de alguns protocolos e um menor efeito da pandemia, com menores incidências da Covid-19”.

No fechamento do bate-papo virtual, a mediadora Viviane Martins citou Uri Levine, cofundador do Waze, e comentou sobre disrupção, sendo a ação de mudar a maneira como fazemos as coisas ou como nos comportamos.